Resposta circulatória à caminhada de 50 m na unidade coronariana, na síndrome coronariana aguda Respuesta circulatoria a la caminata de 50m en la unidad coronaria, en la síndrome coronaria aguda Circulatory response to a 50-m walk in the coronary care unit in acute coronary syndrome

FUNDAMENTO: Ausência de técnica padronizada e monitorada para iniciar a reabilitação de pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA), na unidade coronariana. OBJETIVO: Descrever a técnica e a resposta circulatória à caminhada de 50 m (C50m). MÉTODOS: Estudo experimental, transversal, com 65 pacien...

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Bibliographic Details
Main Authors: Cristiane Maria Carvalho Costa Dias, Ana Célia Carneiro de Almeida Maiato, Kátia Maria Moreno Baqueiro, Alessandra Maia Furtado Fiqueredo, Fernanda Warken Rosa, Janaina Oliveira Pitanga, Ludmila Ivo Catão de Souza, Armênio Costa Guimarães
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) 2009-02-01
Series:Arquivos Brasileiros de Cardiologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2009000200010
Description
Summary:FUNDAMENTO: Ausência de técnica padronizada e monitorada para iniciar a reabilitação de pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA), na unidade coronariana. OBJETIVO: Descrever a técnica e a resposta circulatória à caminhada de 50 m (C50m). MÉTODOS: Estudo experimental, transversal, com 65 pacientes com SCA; destes 36 (54%) com infarto agudo do miocárdio (IAM), Killip I; 29 (45,2%) com angina instável (AI); 61,5% do sexo masculino, idade 62,8 ± 12,7 anos. Caminhada com início 45 ± 23 horas pós-internamento. Mensuraram-se pressão arterial sistólica (PAS mmHg) e diastólica (PAD mmHg), freqüência cardíaca (FC bpm), duplo produto (PAS mmHg X FC bpm), saturação periférica de oxigênio (SpO2%), tempo de caminhada e percepção do esforço pela escala de Borg (EB). Obtiveram-se medições nas posições supina, sentada e ortostase (fase 1 - estresse gravitacional), no final da caminhada e pós-repouso de 5 minutos (fase 2 - estresse físico). RESULTADOS: Observou-se aumento da FC ao estresse gravitacional sentado (&#916; = 4,18) e em ortostase (&#916; = 2,69), (p < 0,001). Houve elevação pós-caminhada da PAS (&#916; = 4,84), (p < 0,001); FC (&#916; = 4,68), (p < 0,001); DP (&#916; = 344,97), (p = 0,004); e decréscimo da SpO2 (&#916; = -1,42), (p < 0,001), com retorno dos valores basais após 5 minutos. O tempo de caminhada foi de 2'36" ± 1'17". Observou-se boa tolerância ao exercício pela EB. Resposta da PAS > 142 mmHg ao sentar associou-se com aumento significativo (p = 0,031) de 11 mmHg ao exercício em 13 pacientes com sobrepeso/obesidade e 85% com hipertensão. Verificaram-se efeitos adversos em 19 (29,2%) pacientes, tonturas em 23,1%, com impedimento da caminhada em três deles. CONCLUSÃO: Nesta amostra, após 24 horas do evento coronariano, não se verificaram efeitos colaterais graves à C50m.<br>FUNDAMENTO: Ausencia de técnica estandarizada y de monitoreo para iniciarse la rehabilitación de pacientes con síndrome coronaria aguda (SCA), en la unidad coronaria. OBJETIVO: Describir la técnica y la respuesta circulatoria a la caminata de 50m (C50m)./ MÉTODOS: Estudio experimental, transversal, con 65 pacientes con SCA; el número de 36 (54%) de ellos con infarto agudo de miocardio (IAM), Killip I; un total de 29 (45,2%) con angina instable (AI); el 61,5% del sexo masculino, edad 62,8 ± 12,7 años. Caminata con inicio 45 ± 23 horas post internación. Se calcularon la presión arterial sistólica (PAS mmHg) y diastólica (PAD mmHg), la frecuencia cardiaca (FC bpm), el doble producto (PAS mmHg X FC bpm), la saturación periférica de oxígeno (SpO2%), el tiempo de caminata y la percepción del esfuerzo a través de la escala de Borg (EB). Se obtuvieron mediciones en las posiciones supina, sentada y ortostasis (fase 1 - estrés gravitacional), al final de la caminata y del post reposo de 5 minutos (fase 2 - estrés físico). RESULTADOS: Se observó un aumento de la frecuencia cardiaca (FC) al estrés gravitacional en la posición sentada (&#916; = 4,18) y en ortostasis (&#916; = 2,69), (p < 0,001). Hubo elevación post caminata de la PAS (&#916; = 4,84), (p < 0,001); FC (&#916; = 4,68), (p < 0,001); (DP) (&#916; = 344,97), (p = 0,004); y descenso de la SpO2 (&#916; = -1,42), (p < 0,001), con retorno de los valores basales tras 5 minutos. El tiempo de caminata fue de 2'36" ± 1'17". Se observó una buena tolerancia al ejercicio mediante la EB. Respuesta de la PAS > 142 mmHg al sentarse se asoció al aumento significativo (p = 0,031) de 11 mmHg al ejercicio en 13 pacientes con sobrepeso/obesidad y el 85% con hipertensión. Se verificaron efectos adversos en 19 (29,2%) pacientes, vértigos en el 23,1%, con interrupción de la caminata en tres de ellos. CONCLUSIÓN: En esta muestra, tras 24 horas del evento coronario, no se verificaron efectos colaterales graves a la C50m.<br>BACKGROUND: Lack of a standardized and monitored technique to start rehabilitation of patients with acute coronary syndrome (ACS) in the coronary care unit. OBJECTIVE: To describe the technique of and circulatory response to a 50-m walk (W50m). METHODS: Experimental cross-sectional study of 65 patients with ACS; of these, 36 (54%) with acute myocardial infarction (AMI), Killip I, 29 (45.2%) with unstable angina (UA), 61.5% males with age of 62.8 ± 12.7 years. Walk was started 45±23h after hospitalization. Parameters measured: systolic blood pressure (SBP mmHg), diastolic blood pressure (DBP mmHg), heart rate (HR bpm), double product (SBP mmHg X HR bpm), peripheral oxygen saturation (SpO2%), walking time, and exercise tolerance by Borg scale (BS). Measurements were taken while supine, sitting, in orthostasis (phase 1 [gravitational stress]), end of the walk, and after a 5-minute rest (phase 2 [exercise stress]). RESULTS: Increased HR in response to the sitting gravitational stress (&#916;=4.18) and with orthostasis (&#916;=2.69) (p<0.001) was observed. At the end of walk, there was an elevation in SBP (&#916;=4.84), (p<0.001), HR (&#916;=4.68), (p<0.001) and DP (&#916;=344.97), (p=0.004), and a reduction in SpO2 (&#916;=-1.42), (p<0.001), with return to baseline values after 5 minutes. Walking time was 2'36"±1'17", and exercise tolerance by BS was good. SBP response > 142 mmHg when sitting was associated with a significant increase (p=0.031) of 11 mmHg at exercise in 13 patients with overweight/obesity and 85% with hypertension. Adverse effects occurred in 19 (29.2%) patients and dizziness in 23.1%, which impaired the walk in three of them. CONCLUSION: In this sample, patients did not present severe collateral effects to W50m. 24 hours after a coronary event.
ISSN:0066-782X
1678-4170