Poluição por resíduos contendo compostos farmaceuticamente ativos: aspectos ambientais, geração a partir dos esgotos domésticos e a situação do Brasil

O tratamento e a disposição adequada do esgoto doméstico representam uma preocupação universal, em função do seu reconhecido potencial poluente. Os sistemas de tratamento objetivam a remediação de parâmetros físico-químicos que fazem parte da legislação. Nos últimos anos, entretanto, outro tipo de p...

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Bibliographic Details
Main Authors: Rosangela Colaço, Patricio Guillermo Peralta-Zamora, Eliane Carneiro Gomes
Format: Article
Language:English
Published: São Paulo State University (UNESP) 2014-10-01
Series:Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada
Subjects:
Online Access:http://rcfba.fcfar.unesp.br/index.php/ojs/article/view/84
Description
Summary:O tratamento e a disposição adequada do esgoto doméstico representam uma preocupação universal, em função do seu reconhecido potencial poluente. Os sistemas de tratamento objetivam a remediação de parâmetros físico-químicos que fazem parte da legislação. Nos últimos anos, entretanto, outro tipo de poluição tem sido evidenciada, envolvendo micropoluentes capazes de provocar efeitos deletérios em concentrações da ordem de µg L-1 e ng L-1. Dentro deste contexto se destacam os compostos farmaceuticamente ativos (PhACs), os quais, veiculados pelo esgoto, contaminam praticamente todos os compartimentos ambientais. O estudo de tecnologias avançadas de tratamento de efluentes, com o objetivo de incrementar a remoção de PhACs tem sido realizado especialmente em países desenvolvidos. No Brasil o foco principal do tratamento de águas residuárias ainda está voltado para o tratamento básico, uma vez que o acesso a este serviço não está acessível a toda a população, o que torna a poluição por micropoluentes um problema secundário. Neste cenário, são discutidos antecedentes relacionados com o consumo de fármacos, a sua presença no esgoto, a usual baixa capacidade de remoção apresentada pelos sistemas convencionais de tratamento e, consequentemente, sua relação com a contaminação do meio hídrico.
ISSN:1808-4532
2179-443X