Doenças infecciosas e parasitárias no Brasil de 2010 a 2017: aspectos para vigilância em saúde
Objetivo. Apresentar um método para identificar áreas críticas relativas a doenças infecciosas e parasitárias selecionadas para fins de vigilância em saúde, analisando a sua associação a indicadores de pobreza no Brasil. Métodos. Foram mapeadas as taxas de incidência de dengue, doença de Chagas agud...
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Pan American Health Organization
2020-02-01
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Series: | Revista Panamericana de Salud Pública |
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doaj-81bdeffb0bb34037b693a45ef1ca1a9f2020-11-25T01:41:56ZengPan American Health OrganizationRevista Panamericana de Salud Pública1020-49891680-53482020-02-0144101710.26633/RPSP.2020.10rpspDoenças infecciosas e parasitárias no Brasil de 2010 a 2017: aspectos para vigilância em saúdeHelen Paredes de Souza0Wanessa Tenório Gonçalves Holanda de Oliveira1Jefferson Pereira Caldas dos Santos2João Paulo Toledo3Isis Polianna Silva Ferreira4Suely Nilsa Guedes de Sousa Esashika5Tatiane Fernandes Portal de Lima6Amanda de Sousa Delácio7Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Rio de Janeiro (RJ), Brasil.Ministério da Saúde, Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Brasília (DF), Brasil.Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde, Rio de Janeiro (RJ), Brasil.Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Consultor em Doenças Infecciosas, Brasília (DF), Brasil.Ministério da Saúde, Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias e Inovação em Saúde, Brasília (DF), Brasil.Ministério da Saúde, Departamento de Promoção da Saúde, Brasília (DF), Brasil.Ministério da Saúde, Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Brasília (DF), Brasil.Ministério da Saúde, Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Brasília (DF), Brasil.Objetivo. Apresentar um método para identificar áreas críticas relativas a doenças infecciosas e parasitárias selecionadas para fins de vigilância em saúde, analisando a sua associação a indicadores de pobreza no Brasil. Métodos. Foram mapeadas as taxas de incidência de dengue, doença de Chagas aguda, esquistossomose, hanseníase, hepatite A, leishmaniose tegumentar, leishmaniose visceral, leptospirose, malária e tuberculose. Foram realizadas análises para os anos de 2010 a 2017 a partir de um indicador síntese, calculado como a média dos coeficientes médios de incidência para cada agravo normalizada pela média e desvio padrão durante o período analisado. A estimativa da base populacional foi de 2014. Os coeficientes calculados foram estratificados para classificação dos municípios em criticidade muito alta, alta, média, baixa ou muito baixa conforme cada doença. Também foram selecionados indicadores de diferentes dimensões que expressassem desigualdades socioeconômicas e segregação espacial nos municípios brasileiros, sendo testada a sua associação às doenças em estudo. Resultados. O indicador mostrou que 40,5% dos municípios brasileiros apresentam alta criticidade, sobretudo nas regiões Norte, parte do Nordeste e Centro-Oeste. Os indicadores “proporção de pobreza”, “lixo no entorno”, “esgoto no entorno” e “famílias chefiadas por mulheres” podem aumentar a chance de a localidade apresentar maior criticidade para as doenças. O indicador “esgoto adequado” pode ser considerado potencial fator de proteção. Conclusões. A técnica utilizada foi adequada para orientar ações de vigilância no país e permite a articulação entre vigilâncias locais e demais setores para contornar os problemas de saúde causados por doenças infecciosas e parasitárias e fatores relacionados.http://iris.paho.org/xmlui/handle/123456789/51858doenças transmissíveisfatores socioeconômicosanálise espacialbrasil |
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Objetivo. Apresentar um método para identificar áreas críticas relativas a doenças infecciosas e parasitárias selecionadas para fins de vigilância em saúde, analisando a sua associação a indicadores de pobreza no Brasil.
Métodos. Foram mapeadas as taxas de incidência de dengue, doença de Chagas aguda, esquistossomose, hanseníase, hepatite A, leishmaniose tegumentar, leishmaniose visceral, leptospirose, malária e tuberculose. Foram realizadas análises para os anos de 2010 a 2017 a partir de um indicador síntese, calculado como a média dos coeficientes médios de incidência para cada agravo normalizada pela média e desvio padrão durante o período analisado. A estimativa da base populacional foi de 2014. Os coeficientes calculados foram estratificados para classificação dos municípios em criticidade muito alta, alta, média, baixa ou muito baixa conforme cada doença. Também foram selecionados indicadores de diferentes dimensões que expressassem desigualdades socioeconômicas e segregação espacial nos municípios brasileiros, sendo testada a sua associação às doenças em estudo.
Resultados. O indicador mostrou que 40,5% dos municípios brasileiros apresentam alta criticidade, sobretudo nas regiões Norte, parte do Nordeste e Centro-Oeste. Os indicadores “proporção de pobreza”, “lixo no entorno”, “esgoto no entorno” e “famílias chefiadas por mulheres” podem aumentar a chance de a localidade apresentar maior criticidade para as doenças. O indicador “esgoto adequado” pode ser considerado potencial fator de proteção.
Conclusões. A técnica utilizada foi adequada para orientar ações de vigilância no país e permite a articulação entre vigilâncias locais e demais setores para contornar os problemas de saúde causados por doenças infecciosas e parasitárias e fatores relacionados. |
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