A propósito da Medicina Integrativa
1. Ao longo do tempo, à palavra “Medicina” têm sido acrescentados diversos adjectivos ou expressões adjectivadas traduzindo, quer diversas filosofias na prestação de cuidados de vária ordem, quer diversas atitudes e actuações profilácticas ou terapêuticas de acordo com experiências e certo grau de...
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Sociedade Portuguesa de Pediatria
2013-11-01
|
Series: | Portuguese Journal of Pediatrics |
Online Access: | https://pjp.spp.pt//article/view/3141 |
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doaj-810110ebe0eb465fbcacb3253064e1192020-11-25T01:50:23ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332013-11-0144310.25754/pjp.2013.3141A propósito da Medicina IntegrativaJoão M Videira Amaral 1. Ao longo do tempo, à palavra “Medicina” têm sido acrescentados diversos adjectivos ou expressões adjectivadas traduzindo, quer diversas filosofias na prestação de cuidados de vária ordem, quer diversas atitudes e actuações profilácticas ou terapêuticas de acordo com experiências e certo grau de empirismo, ou com estudos considerados idóneos pela comunidade científica. Nesta perspectiva poderão ser mencionados exemplos de terminologias (a que correspondem diversos cenários da relação médico-doente) com que frequentemente nos confrontamos: medicinas preditiva, preventiva, do trabalho, social, clássica, (convencional, tradicional ou alopática), tradicional chinesa, homeopática, paliativa, alternativa ou complementar, baseada na evidência, narrativa, integrativa, etc...1 A propósito do que tenho lido e ouvido e, em parte, protagonizado, é minha intenção reflectir sucintamente neste espaço editorial sobre a chamada medicina integrativa (que associa práticas da medicina tradicional, classicamente ensinada nas universidades, com as práticas cientificamente comprovadas da chamada medicina alternativa ou complementar, criando-se um sinergismo). Trata-se, com efeito, duma área em franca expansão na Europa e Américas, com estudos publicados em revistas internacionais indexadas na PubMed, e sobre a qual a Organização Mundial de Saúde já se pronunciou.2-4 2. A medicina alternativa/complementar (MA/C), integrando diversas modalidades e técnicas com indicações terapêuticas amplas, e baseando-se em conceitos filosóficos que correspondem a determinados estilos de vida , valoriza as ideias de que os médicos devem não só saber tratar, mas também saber cuidar, e de que o estresse psíquico influencia os sistemas nervoso, endócrino e imunitário. Desta última constatação nasceu uma nova disciplina (também em expansão) designada por psico-neuro-endócrino-imunologia. https://pjp.spp.pt//article/view/3141 |
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1. Ao longo do tempo, à palavra “Medicina” têm sido acrescentados diversos adjectivos ou expressões adjectivadas traduzindo, quer diversas filosofias na prestação de cuidados de vária ordem, quer diversas atitudes e actuações profilácticas ou terapêuticas de acordo com experiências e certo grau de empirismo, ou com estudos considerados idóneos pela comunidade científica. Nesta perspectiva poderão ser mencionados exemplos de terminologias (a que correspondem diversos cenários da relação médico-doente) com que frequentemente nos confrontamos: medicinas preditiva, preventiva, do trabalho, social, clássica, (convencional, tradicional ou alopática), tradicional chinesa, homeopática, paliativa, alternativa ou complementar, baseada na evidência, narrativa, integrativa, etc...1
A propósito do que tenho lido e ouvido e, em parte, protagonizado, é minha intenção reflectir sucintamente neste espaço editorial sobre a chamada medicina integrativa (que associa práticas da medicina tradicional, classicamente ensinada nas universidades, com as práticas cientificamente comprovadas da chamada medicina alternativa ou complementar, criando-se um sinergismo). Trata-se, com efeito, duma área em franca expansão na Europa e Américas, com estudos publicados em revistas internacionais indexadas na PubMed, e sobre a qual a Organização Mundial de Saúde já se pronunciou.2-4
2. A medicina alternativa/complementar (MA/C), integrando diversas modalidades e técnicas com indicações terapêuticas amplas, e baseando-se em conceitos filosóficos que correspondem a determinados estilos de vida , valoriza as ideias de que os médicos devem não só saber tratar, mas também saber cuidar, e de que o estresse psíquico influencia os sistemas nervoso, endócrino e imunitário. Desta última constatação nasceu uma nova disciplina (também em expansão) designada por psico-neuro-endócrino-imunologia.
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