O impacto da diversidade cultural nas políticas educacionais: uma crítica às propostas das agências internacionais

As políticas educacionais de reconhecimento e valorização da diversidade cultural, como as propostas pelas agências internacionais, têm ocupado lugar central nas definições governamentais das três últimas décadas, desafiando educadores e gestores a compreender suas finalidades e buscar novas prátic...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Elma Júlia Gonçalves de Carvalho, Rosangela Célia Faustino
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Campinas 2015-07-01
Series:Revista Histedbr On-line
Subjects:
Online Access:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640517
Description
Summary:As políticas educacionais de reconhecimento e valorização da diversidade cultural, como as propostas pelas agências internacionais, têm ocupado lugar central nas definições governamentais das três últimas décadas, desafiando educadores e gestores a compreender suas finalidades e buscar novas práticas pedagógicas e administrativas. Tendo em vista o contexto de crise econômica mundial do sistema capitalista, o objetivo neste texto é discutir o histórico do tema da diversidade, remontando ao período posterior à Segunda Guerra Mundial e analisando as orientações internacionais e nacionais produzidas a partir da década de 1990. Ao mesmo tempo, considerando a complexidade educacional decorrente da adoção da perspectiva da diversidade cultural, tentaremos abrir novas perspectivas de análise e de enriquecimento do debate, somando forças no enfrentamento do desafio de se repensar teorias e práticas educativas. Esta é, de nosso ponto de vista, uma forma de contribuirmos para o aprofundamento dos conhecimentos sobre essa temática tão recente na educação e, ao mesmo tempo, tão desafiadora, já que a perspectiva da diversidade, considerada em si mesma, pode ser uma forma de obscurecer o entendimento de como as relações sociais se constituem, contribuindo, em última instância, para a aceitação das diferenças e não para a superação das condições que as produzem.
ISSN:1676-2584