"Gostaríamos de informá-lo de que amanhã seremos mortos com nossas famílias": invisibilidade e testemunho
Tal artigo visa refletir sobre o testemunho de um trauma coletivo no livro-reportagem do jornalista norte-americano Philip Gourevitch Gostaríamos de informá-lo de que amanhã seremos mortos com nossas famílias. A narrativa trata da invisibilidade sofrida pelos ruandeses, em especial os da etnia tutsi...
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Universidade Federal de Santa Catarina
2014-06-01
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Series: | Anuário de Literatura |
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doaj-7ffe50e735594d93a9eba02ce7959bf62020-11-25T03:37:46ZporUniversidade Federal de Santa CatarinaAnuário de Literatura1414-52352175-79172014-06-0119210.5007/2175-7917.2014v19n2p9422123"Gostaríamos de informá-lo de que amanhã seremos mortos com nossas famílias": invisibilidade e testemunhoDaniela Werneck Ladeira Werneck0Universidade Federal de Minas GeraisTal artigo visa refletir sobre o testemunho de um trauma coletivo no livro-reportagem do jornalista norte-americano Philip Gourevitch Gostaríamos de informá-lo de que amanhã seremos mortos com nossas famílias. A narrativa trata da invisibilidade sofrida pelos ruandeses, em especial os da etnia tutsi, durante e após o genocídio de 1994. O jornalista, que se torna mediador de um país que está à margem do mundo, deixa falar os sujeitos que experenciaram o genocídio em Ruanda. Desse modo, nosso objetivo será discutir como, a partir do seu relato de dor e de violência, eles conseguem continuar a viver. Ao falar, acredita-se que esses sujeitos invisíveis aos olhos do mundo podem ser reconhecidos e, com isso, sobreviverem. Para isso, serão utilizados os conceitos de trauma e das impossibilidades do dizer, de Freud e Márcio Seligmann-Silva; a reflexão sobre a celebração do passado por meio dos relatos revivificados, de Beatriz Sarlo, e as questões sobre memória coletiva e individual e esquecimento, de Maurice Halbwachs e Pierre Nora. https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/32246TestemunhoMemória e esquecimentoTrauma |
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Tal artigo visa refletir sobre o testemunho de um trauma coletivo no livro-reportagem do jornalista norte-americano Philip Gourevitch Gostaríamos de informá-lo de que amanhã seremos mortos com nossas famílias. A narrativa trata da invisibilidade sofrida pelos ruandeses, em especial os da etnia tutsi, durante e após o genocídio de 1994. O jornalista, que se torna mediador de um país que está à margem do mundo, deixa falar os sujeitos que experenciaram o genocídio em Ruanda. Desse modo, nosso objetivo será discutir como, a partir do seu relato de dor e de violência, eles conseguem continuar a viver. Ao falar, acredita-se que esses sujeitos invisíveis aos olhos do mundo podem ser reconhecidos e, com isso, sobreviverem. Para isso, serão utilizados os conceitos de trauma e das impossibilidades do dizer, de Freud e Márcio Seligmann-Silva; a reflexão sobre a celebração do passado por meio dos relatos revivificados, de Beatriz Sarlo, e as questões sobre memória coletiva e individual e esquecimento, de Maurice Halbwachs e Pierre Nora.
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