Summary: | Este artigo visa instigar o exercício crítico que toma como ponto de partida o vivido e o não-vivido na experiência da formação acadêmica em psicologia. A metodologia é cartográfica, lançando mão de dois conceitos da Análise Insitituicional: implicação e analisador. Tal método de pesquisa nos permite revelar o jogo das forças instituídas implicado no saber/fazer da formação em psicologia, num curso de graduação em psicologia, de uma instituição privada, no interior do estado da Bahia, no Brasil. Analisamos as relações entre o neoliberalismo e a formação em psicologia, fazendo o uso do conceito foucaultiano de governamentalidade. Apontamos o currículo como a peça-chave de uma formação tecnicista esvaziada de uma atitude ética e de potência crítica. Formação ou formatação? Concluímos que a formação nunca é apenas a produção de um profissional, mas a produção de uma subjetividade na qual ficam incorporados modos de pensar, agir, sentir e perceber o mundo.
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