A nova Atlântida, de Francis Bacon – promessas da ciência nas imagens e símbolos da casa de Salomão
A descrição da estrutura e funcionamento da Casa de Salomão, o enorme colégio de cientistas da ilha utópica de Bensalém, parece ter sido o principal motivo que levou Francis Bacon, já nos últimos anos de sua vida, à composição da Nova Atlântida (1626), um de seus raros textos ficcionais. Todos os e...
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Universidade Estadual de Campinas
2019-10-01
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doaj-7eef761b9ccf4a9cab58aac05b71327d2021-06-22T16:11:32ZporUniversidade Estadual de CampinasFigura2317-46252019-10-017210.20396/figura.v7i2.11559A nova Atlântida, de Francis Bacon – promessas da ciência nas imagens e símbolos da casa de SalomãoHelvio Moraes0Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT A descrição da estrutura e funcionamento da Casa de Salomão, o enorme colégio de cientistas da ilha utópica de Bensalém, parece ter sido o principal motivo que levou Francis Bacon, já nos últimos anos de sua vida, à composição da Nova Atlântida (1626), um de seus raros textos ficcionais. Todos os episódios que compõem este relato utópico parecem preparar o leitor para o conhecimento do maravilhoso mundo novo construído pela ciência, algo que Bacon pode apenas vislumbrar e do qual parece ter consciência de ser apenas o propulsor, o que talvez explique a escolha que faz deste gênero literário para a apresentação viva de ideias e projetos que vinha amadurecendo ao longo de sua vida. O objetivo deste artigo é, primeiramente, situar o pensamento baconiano em sua relação com algumas tendências latentes no contexto intelectual da Inglaterra pré-revolucionária – momento em que Bacon atinge o auge de sua produção filosófica e abre novas perspectivas para o surgimento da ciência moderna, além de uma nova imagem do homem de ciência –, para, em seguida, apresentar minha leitura da parte final da Nova Atlântida. https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/figura/article/view/11559 |
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A descrição da estrutura e funcionamento da Casa de Salomão, o enorme colégio de cientistas da ilha utópica de Bensalém, parece ter sido o principal motivo que levou Francis Bacon, já nos últimos anos de sua vida, à composição da Nova Atlântida (1626), um de seus raros textos ficcionais. Todos os episódios que compõem este relato utópico parecem preparar o leitor para o conhecimento do maravilhoso mundo novo construído pela ciência, algo que Bacon pode apenas vislumbrar e do qual parece ter consciência de ser apenas o propulsor, o que talvez explique a escolha que faz deste gênero literário para a apresentação viva de ideias e projetos que vinha amadurecendo ao longo de sua vida. O objetivo deste artigo é, primeiramente, situar o pensamento baconiano em sua relação com algumas tendências latentes no contexto intelectual da Inglaterra pré-revolucionária – momento em que Bacon atinge o auge de sua produção filosófica e abre novas perspectivas para o surgimento da ciência moderna, além de uma nova imagem do homem de ciência –, para, em seguida, apresentar minha leitura da parte final da Nova Atlântida.
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