Trajetórias sociais e formas identitárias: alguns esclarecimentos conceituais e metodológicos Social trajectories and identity forms: Some conceptual and methodological considerations

A análise das trajetórias sociais defronta-se com a questão da articulação de dois aspectos do processo biográfico. A "trajetória objetiva" é definida como seqüência das posições sociais ocupadas durante a vida, medida por categorias estatísticas e condensada numa tendência geral (ascenden...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Claude Dubar
Format: Article
Language:English
Published: Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES) 1998-04-01
Series:Educação & Sociedade
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73301998000100002
Description
Summary:A análise das trajetórias sociais defronta-se com a questão da articulação de dois aspectos do processo biográfico. A "trajetória objetiva" é definida como seqüência das posições sociais ocupadas durante a vida, medida por categorias estatísticas e condensada numa tendência geral (ascendente, descendente, estável etc.); em contraste, a "trajetória subjetiva" é expressa em diversos relatos biográficos, por meio de categorias inerentes remetendo a "mundos sociais" e condensável em formas identitárias heterogêneas. Confrontar ambas as análises toma toda sua importância ao se tentar apreender identidades sociais como processos ao mesmo tempo biográficos e institucionais. Será o conceito de configuração, defendido por Elias, de algum auxílio para combinarmos processos biográficos típicos, oriundos de relatos subjetivos, com percursos objetivados por meio de categorias estatísticas?<br>The analysis of social trajectories faces two aspects of the life process. The "objective trajectory" is defined as the sequence of social positions taken during one's life, measured by statistical categories and summarised in a general tendency (ascending, descending, stable etc.). By contrast, the "subjective trajectory" is expressed by several biographical accounts, measured by native categories that point out to "social worlds", summarised in heterogeneous identity forms. It is necessary to confront both analysis as we try to understand the social identity as a process both biographical and institutional. Does the concept of "configuration", as presented by Elias, enable us to combine typical biographical processes (subjective accounts) to objective trajectories (statistical categories)?
ISSN:0101-7330
1678-4626