QUANDO FOGEM DE MIM NA ESCOLA…
Introdução: A Displasia Craniofrontonasal (CFND) é uma doença rara ligada ao X, caracterizada por malformações cra- niofaciais graves, paradoxalmente associada a fenótipos mais exuberantes no sexo feminino. Caso Clínico: sexo feminino, pais jovens não consanguí- neos e sem antecedentes familiares r...
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Format: | Article |
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Centro Hospitalar do Porto
2016-07-01
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Series: | Nascer e Crescer |
Online Access: | http://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/9503 |
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doaj-7e4c6bafe793453fae96e32baf25981a2020-11-24T20:40:35ZengCentro Hospitalar do PortoNascer e Crescer 0872-07540872-07542016-07-012406657QUANDO FOGEM DE MIM NA ESCOLA…Cristina MadureiraSusana LopesAbel MesquitaSara BarrosSara FigueiredoIntrodução: A Displasia Craniofrontonasal (CFND) é uma doença rara ligada ao X, caracterizada por malformações cra- niofaciais graves, paradoxalmente associada a fenótipos mais exuberantes no sexo feminino. Caso Clínico: sexo feminino, pais jovens não consanguí- neos e sem antecedentes familiares relevantes, orientada para a consulta de Pediatria por malformações craniofaciais. Apre- sentava craniossinostose coronal com assimetria craniofacial e braquiturricefalia, fronte alta, larga e proeminente, hipertelorismo acentuado, ponta nasal bífida e baixa implantação dos pavilhões auriculares. Evidência de clinodactilia do 5º dedo e háluces lar- gos. O estudo genético identificou uma mutação frameshift no gene EFBN1 no cromossoma X, confirmando o diagnóstico de CFND. O estudo genético dos pais foi normal (mutação de novo). Foi orientada para a consulta de Genética Médica e de Cirurgia Plástica (rinoplastia e várias cirurgias de correção de hipertelorismo). O desenvolvimento psicomotor foi adequado e após ingresso no 1º ciclo verificaram-se dificuldades na adaptação escolar e relação com os pares, com aproveitamento satisfató- rio. A avaliação psicológica revelou baixa autoestima, ansiedade face à exposição social e dificuldade em lidar com a frustração. Atualmente apresenta dismorfias faciais com correção parcial, escoliose ligeira e miopia/astigmatismo, mantendo seguimento multidisciplinar. Comentários: Os autores pretendem alertar para a existência desta síndrome genética, assim como realçar a necessida- de de uma abordagem multidisciplinar destes casos. A par do tratamento cirúrgico, é fundamental o aconselhamento genético e o acompanhamento psicológico destas doentes, pela baixa autoestima e pelo risco de exclusão social associados a esta síndrome.http://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/9503 |
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Introdução: A Displasia Craniofrontonasal (CFND) é uma doença rara ligada ao X, caracterizada por malformações cra- niofaciais graves, paradoxalmente associada a fenótipos mais exuberantes no sexo feminino.
Caso Clínico: sexo feminino, pais jovens não consanguí- neos e sem antecedentes familiares relevantes, orientada para a consulta de Pediatria por malformações craniofaciais. Apre- sentava craniossinostose coronal com assimetria craniofacial e braquiturricefalia, fronte alta, larga e proeminente, hipertelorismo acentuado, ponta nasal bífida e baixa implantação dos pavilhões auriculares. Evidência de clinodactilia do 5º dedo e háluces lar- gos. O estudo genético identificou uma mutação frameshift no gene EFBN1 no cromossoma X, confirmando o diagnóstico de CFND. O estudo genético dos pais foi normal (mutação de novo). Foi orientada para a consulta de Genética Médica e de Cirurgia Plástica (rinoplastia e várias cirurgias de correção de hipertelorismo). O desenvolvimento psicomotor foi adequado e após ingresso no 1º ciclo verificaram-se dificuldades na adaptação escolar e relação com os pares, com aproveitamento satisfató- rio. A avaliação psicológica revelou baixa autoestima, ansiedade face à exposição social e dificuldade em lidar com a frustração. Atualmente apresenta dismorfias faciais com correção parcial, escoliose ligeira e miopia/astigmatismo, mantendo seguimento multidisciplinar.
Comentários: Os autores pretendem alertar para a existência desta síndrome genética, assim como realçar a necessida- de de uma abordagem multidisciplinar destes casos. A par do tratamento cirúrgico, é fundamental o aconselhamento genético e o acompanhamento psicológico destas doentes, pela baixa autoestima e pelo risco de exclusão social associados a esta síndrome. |
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