Summary: | Este artigo é a exposição sintética de uma pesquisa situada na confluência da filosofia e da história, mais especificamente da filosofia moderna e da história social, essa indicação não vale como mera delimitação cronológica de um período, o recorte temporal indica um momento em que o sentimento de infância despontou na sociedade ocidental: na Europa burguesa e capitalista. Nem sempre na história da infância essa convergência é adequadamente explorada, porém, é inegável a junção da sociedade burguesa e da economia capitalista por um lado, e, da criança e da sua escolarização por outro lado. Há uma trajetória comum, que teve início no humanismo renascentista e culminou no ensino público estatal obrigatório conquistado no final do século XIX e que se tornou efetivo no século XX. A discussão se detém no começo desse processo, quando infância e escola ainda não formavam uma unidade inquebrável, para tanto, no primeiro momento é analisada a contribuição de Erasmo para a escolarização da criança, posteriormente, é apresentado o processo de expansão dos colégios por intermédio da obra educativa dos jesuítas.
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