Summary: | Resumo: Nos últimos vinte anos, houve grandes avanços nos Estudos Celtas - seja em Linguística, Literatura Comparada, Mídia, História, Política ou Arqueologia. Essas mudanças não se devem apenas a novas abordagens teóricas e ao desenvolvimento do debate interdisciplinar, mas, sobretudo, a novas descobertas e métodos inovadores de análise. Os modelos para um chamado “Mundo Celta” ou uma “Sociedade Celta” foram minuciosamente questionados e os estudiosos reconhecem a importância de diferentes desenvolvimentos locais e regionais. Hoje, poucos aceitam que as sociedades medievais na Irlanda e nas partes de língua celta da Grã-Bretanha preservam exemplos inalterados do chamado “arcaísmo”. Entende-se que as sociedades são dinâmicas e são vistas em seus próprios termos. A grande variabilidade regional é evidente, particularmente em análises comparativas cruzadas de leis medievais irlandesas e galesas, literatura vernacular e arqueologia. Com base em tal debate, propomos que os termos “celta” e “céltico” são conceitos em transformação. Em nossa perspectiva, a área de “Estudos Célticos” é melhor definida pelas noções de interconectividade e mobilidade.
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