Capitalismo e Angústia
Este trabalho apresenta uma reflexão sobre possíveis relações que se estabelecem entre a angústia e os impactos da normatividade social sobre as subjetividades. Em nossos dias, o capitalismo, aliado à ciência moderna, caracteriza-se não só pela definição autoritária de políticas econômicas, mas tam...
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doaj-7dc73b44a5154edfbe8ef8a026dbc1402020-11-25T02:01:35ZporUniversidade de FortalezaRevista Subjetividades2359-07772359-07772015-12-0115339840610.5020/23590777.15.3.398-4063966Capitalismo e AngústiaSonia Borges0Universidade Veiga de AlmeidaEste trabalho apresenta uma reflexão sobre possíveis relações que se estabelecem entre a angústia e os impactos da normatividade social sobre as subjetividades. Em nossos dias, o capitalismo, aliado à ciência moderna, caracteriza-se não só pela definição autoritária de políticas econômicas, mas também por mecanismos gestionais que regulam e afetam a constituição dos indivíduos, estimulando a emergência de diferentes formas de manifestação da angústia, tais como estresse, pânico, desamparo, traumatismo e depressão, que se caracterizam particularmente pelo silencio do sujeito frente ao sentimento de perda de horizontes estáveis de referência, ou seja, pelo sofrimento sem endereço, sem Outro. Recorremos à psicanálise e a algumas ideias de Giorgio Agamben sobre o capitalismo de hoje, para discutirmos estas questões, assim como as possibilidades de a psicanálise e a arte serem consideradas modos particulares de confronto com estes fatos civilizatórios que exacerbam a angústia - colocando-se, portanto, na contra mão dos interesses capitalistas.https://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/5112psicanálise, arte, capitalismo, angústia |
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Este trabalho apresenta uma reflexão sobre possíveis relações que se estabelecem entre a angústia e os impactos da normatividade social sobre as subjetividades. Em nossos dias, o capitalismo, aliado à ciência moderna, caracteriza-se não só pela definição autoritária de políticas econômicas, mas também por mecanismos gestionais que regulam e afetam a constituição dos indivíduos, estimulando a emergência de diferentes formas de manifestação da angústia, tais como estresse, pânico, desamparo, traumatismo e depressão, que se caracterizam particularmente pelo silencio do sujeito frente ao sentimento de perda de horizontes estáveis de referência, ou seja, pelo sofrimento sem endereço, sem Outro. Recorremos à psicanálise e a algumas ideias de Giorgio Agamben sobre o capitalismo de hoje, para discutirmos estas questões, assim como as possibilidades de a psicanálise e a arte serem consideradas modos particulares de confronto com estes fatos civilizatórios que exacerbam a angústia - colocando-se, portanto, na contra mão dos interesses capitalistas. |
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