Neoplasia avançada de esôfago: diagnóstico ainda muito tardio Advanced esophageal cancer: still a delayed diagnosis

RACIONAL: A neoplasia de esôfago está entre as 10 mais incidentes no Brasil. O diagnóstico é geralmente tardio e a sobrevida média é de 4 a 6 meses, independente da terapêutica. O alívio da disfagia e a melhora da qualidade de vida são os objetivos principais da terapêutica paliativa. OBJETIVO: Aval...

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Bibliographic Details
Main Authors: Fernanda Prata Thuler, Nora Manoukian Forones, Angelo Paulo Ferrari
Format: Article
Language:English
Published: Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia (IBEPEGE) 2006-09-01
Series:Arquivos de Gastroenterologia
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1678-4219
publishDate 2006-09-01
description RACIONAL: A neoplasia de esôfago está entre as 10 mais incidentes no Brasil. O diagnóstico é geralmente tardio e a sobrevida média é de 4 a 6 meses, independente da terapêutica. O alívio da disfagia e a melhora da qualidade de vida são os objetivos principais da terapêutica paliativa. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida e a paliação da disfagia obtida com diferentes tipos de tratamento oferecidos aos pacientes com neoplasia avançada de esôfago. PACIENTES E MÉTODO: Avaliação prospectiva de 38 pacientes com neoplasia avançada de esôfago, com disfagia, sem possibilidade de tratamento curativo, entre setembro de 2001 a junho de 2005. Os pacientes foram alocados aleatoriamente, de acordo com a disponibilidade da terapia ou preferência do paciente ou do médico responsável, sendo 14 tratados com colocação de prótese (9 metálicas auto-expansíveis, 4 plásticas e 1 plástica auto-expansível), 4 com cirurgia paliativa, 8 com gastrostomia (7 cirúrgicas e 1 endoscópica) e 12 com sonda nasoenteral. RESULTADOS: Houve melhora do índice médio de disfagia em 30 dias em todos os grupos, exceto no da gastrostomia. A colocação da prótese de esôfago melhorou a disfagia de forma estatisticamente significante em relação às outras terapias paliativas. A qualidade de vida avaliada pela mediana do índice de Karnofsky não apresentou melhora em nenhum grupo de pacientes. O número de internações necessárias não foi diferente entre os grupos. A duração média das internações foi maior no grupo de tratamento cirúrgico (42 dias), embora sem diferença significativa. Não houve diferença na sobrevida média dos pacientes, independente do tipo de tratamento. CONCLUSÃO: A paliação ideal para todos os casos não existe. O método deve ser individualizado para cada paciente. O tratamento cirúrgico paliativo é o mais oneroso, devido ao prolongado tempo médio de internação desses pacientes. Infelizmente, o diagnóstico de tumor de esôfago em nosso meio ainda é muito tardio, limitando o benefício que poderia advir dos métodos de ponta de paliação endoscópica.<br>BACKGROUND: Esophageal cancer is one of the 10 most common cancers in Brazil. Diagnosis is usually late and mean survival ranges from 4 to 6 months, no matter the treatment. Relief of dysphagia and increase in life quality are the main targets of palliative therapy. AIM: To evaluate patients with advanced esophageal tumor submitted to various palliative treatment options. PATIENTS AND METHOD: We prospectively evaluated 38 patients with advanced esophageal cancer, with dysphagia and no chance of curative treatment, between September 2001 and June 2005. Patients were treated according to available resources, patient or referring physician's preference: 14 patients were treated with esophageal stent (9 self-expandable metallic, 4 plastic, 1 expandable plastic), 4 with palliative surgery, 8 gastrostomy (7 surgical and 1 endoscopic) and 12 nasogastric tube. RESULTS: The mean dysphagia score 30 days after the procedure was improved in all groups except in the gastrostomy. Karnofsky score, reflecting quality of life, showed no improvement. The number of hospital admissions was not different among groups. Although the length of hospitalization was longer in the surgical group (42 days), it did not reach statistical significance. There was not statistically significant difference in the mean survival time among all patients. CONCLUSION: An ideal palliative treatment does not exist. The method must be individualized for each patient. Surgical treatment is the most expensive, once it requires longer periods in hospital. Unfortunately, the diagnosis of esophageal tumors is still delayed, limiting the benefits of top endoscopic palliation therapy.
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