Trajetória em narrativas: loucuras e a cidade de Belo Horizonte, Brasil

Resumo O artigo busca compreender as relações estabelecidas entre portadores de sofrimento mental assistidos em um serviço aberto e comunitário e a cidade de Belo Horizonte (BH), capital do Estado de Minas Gerais. Compreende-se que a experiência da loucura é capaz de gerar narrativas que buscam atri...

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Main Authors: Amanda Elias Arruda, Ana Lúcia Modesto, Cláudio Santiago Dias Júnior
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Series:Ciência & Saúde Coletiva
Subjects:
Online Access:http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232018000401201&lng=en&tlng=en
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spelling doaj-7c990e61ccd745fa84e5d53b78738c5b2020-11-25T01:41:02ZengAssociação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde ColetivaCiência & Saúde Coletiva1678-45612341201121010.1590/1413-81232018234.10722016S1413-81232018000401201Trajetória em narrativas: loucuras e a cidade de Belo Horizonte, BrasilAmanda Elias ArrudaAna Lúcia ModestoCláudio Santiago Dias JúniorResumo O artigo busca compreender as relações estabelecidas entre portadores de sofrimento mental assistidos em um serviço aberto e comunitário e a cidade de Belo Horizonte (BH), capital do Estado de Minas Gerais. Compreende-se que a experiência da loucura é capaz de gerar narrativas que buscam atribuir sentido ao sofrimento e auxiliam as pessoas a negociar as decisões cotidianas. O método biográfico foi utilizado para a construção das narrativas de trajetórias de vida dos três participantes do estudo. Cada pessoa atribuiu um sentido diferente à experiência da loucura, contudo, percebe-se a existência de trajetórias e sociabilidades marginais às convenções da ordem, da família e do trabalho. Verifica-se uma ruptura com a invisibilidade marcante nos manicômios, uma vez que os serviços abertos proporcionam a circulação social e a manipulação de códigos sociais que entremeiam os deslocamentos, criando novas territorialidades e codificações. Contudo, evidencia-se a necessidade de estudos empíricos que contemplam temáticas como as relações familiares e as condições de moradia e renda dessa população, para, então, ampliar as discussões do direito à saúde para o direito à moradia, ao trabalho, enfim, o direito e o cabimento na cidade.http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232018000401201&lng=en&tlng=enSaúde mentalNarrativasTerritório
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