Summary: | A Doença de Parkinson apresenta grande incidência na população idosa, gerando comprometimento motor progressivo, que afeta várias funções, dentre as quais se destaca a deglutição. Esse trabalho teve como objetivo relacionar a disfagia na Doença de Parkinson aos efeitos imediatos e/ou tardios do tratamento medicamentoso, que de forma direta ou indireta interferirá no gerenciamento fonoaudiológico. Fizemos uma revisão de literatura nas bases de dados eletrônicas Lilacs, Scielo, Medline e Pubmed no período de 2001 a 2011, utilizando os termos livres “Doença de Parkinson”; (Parkinson Disease), “deglutição”; (deglutition), “disfagia”; (dysphagia), “preparações farmacêuticas”; (pharmaceutical preparations), “levodopa”;, “videofluoroscopia”; (videofluoroscopy), além de um documento governamental (OPAS, 2002), artigos relevantes e exemplares da literatura americana e brasileira sobre o tema. A literatura aponta a Levodopa como o principal tratamento farmacológico da doença de Parkinson. Contudo, a melhora dos sintomas motores deve ser ponderada em função da ocorrência de efeitos colaterais importantes, sejam imediatos ou tardios. Até o momento não há respostas consistentes a favor da melhora da disfagia como resultado do tratamento farmacológico, cujos efeitos podem interferir direta ou indiretamente sobre as manifestações disfágicas e de várias formas. Assim, torna-se fundamental o registro das medicações como parte da anamnese, considerando que tais dados possam auxiliar na orientação/reorientação da conduta fonoaudiológica, especialmente em contexto interdisciplinar. A despeito da possibilidade do doente de Parkinson responder de forma inconsistente à terapia farmacológica, vale ressaltar que o profissional deve estar atento à presença de efeitos colaterais como fatores modificadores do quadro de disfagia orofaríngea na Doença de Parkinson idiopática.
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