Fidalgos portugueses e bailadeiras indianas (Séculos XVII e XVIII)
"A raça portuguesa", escrevia o preclaro investigador que foi Sousa Viterbo, "é tida e havida como uma das que mais fa-cilmente se acclimam, das que mais facilmente fraternizam com as raças indígenas, qualquer que seja a sua procedéncia . Na Africa, na Asia, na América, na Oceania, o...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de São Paulo
1961-06-01
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Series: | Revista de História |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/120193 |
Summary: | "A raça portuguesa", escrevia o preclaro investigador que foi Sousa Viterbo, "é tida e havida como uma das que mais fa-cilmente se acclimam, das que mais facilmente fraternizam com as raças indígenas, qualquer que seja a sua procedéncia . Na Africa, na Asia, na América, na Oceania, o cruzamento ef-fectua-se sem obstáculo. Affonso d'Albuquerque, querendo fir-mar pé no Oriente, repartiu pelos seus soldados as captivas de Goa, e foi um dia de júbilo, um dia de festa pagã, aquelle em que se effectuou o consórcio. Esta facilidade, se é por um lado um incentivo para a colonização, é por outro lado de certo um grave defeito, porque tende a neutralizar, a apagar, as qua-lidades superiores de raça dominante. Nisto se distinguem e muito os ingleses, que em toda a parte se extremam, conser-vando-se a distáncia das raças nativas. As alianças sam pouco vulgares, e dominadores e dominados guardam entre si as mes-mas reservas, que as differentes castas na India". |
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ISSN: | 0034-8309 2316-9141 |