Summary: | O artigo tem por objetivo discutir e analisar a escrita dos fanzines, entendendo-a como um importante elemento na constituição de subjetividades e sensibilidades punks e como uma prática contestadora do regime contemporâneo de produção de subjetividades. Contestação realizada através de uma constante problematização das próprias condutas, pensamentos e dos significados do punk. Cria-se, desse modo, uma cultura do cuidado de si, da crítica constante de si mesmo através da escrita. Esta escapa ao modelo clássico do militante engajado, mas também as formas pelas quais o discurso exerce, na modernidade, um certo tipo de poder que, ao pretender dizer a verdade sobre as coisas, procurava conjurar qualquer possibilidade do acontecimento dessa escrita se efetuar de outra maneira.
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