CLEÓPATRA PROSTITUÍDA OU A EVOCAÇÃO HISTÓRICA A SERVIÇO DA SÁTIRA
Olavo Bilac (1865-1918), um dos principais poetas do parnasianismo brasileiro, publicou centenas de poemas satíricos em periódicos cariocas e paulistanos. A Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, foi o veículo principal dessa produção que criticava principalmente a vida social e política da então Ca...
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Universidade Federal do Ceará
2016-01-01
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Series: | Revista de Letras |
Online Access: | http://periodicos.ufc.br/index.php/revletras/article/view/2278 |
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doaj-7b263052aefb426c93c66e0e35b893ea2020-11-24T22:22:26ZspaUniversidade Federal do CearáRevista de Letras0101-80512358-47932016-01-011272229CLEÓPATRA PROSTITUÍDA OU A EVOCAÇÃO HISTÓRICA A SERVIÇO DA SÁTIRAAlvaro Santos Simões JuniorOlavo Bilac (1865-1918), um dos principais poetas do parnasianismo brasileiro, publicou centenas de poemas satíricos em periódicos cariocas e paulistanos. A Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, foi o veículo principal dessa produção que criticava principalmente a vida social e política da então Capital Federal. Como intelectual orgânico dos grupos dirigentes, Bilac, em suas crônicas e sátiras, apoiava as iniciativas por vezes truculentas do poder público, que, nos primeiros anos do regime republicano, procurava controlar e disciplinar as chamadas “classes perigosas”. No texto “Cleópatra (ode moderna)”, publicado em 5 de maio de 1896 (p. 1, 6. col.), o poeta, sob o pseudônimo Fantasio, comparou uma prostituta carioca, expulsa da rua Senhor dos Passos pela repressão policial, à célebre rainha do Egito, amante de Júlio César e Marco Antônio. A comparação burlesca procurava expor ao ridí- culo a meretriz, mas a ironia do enunciado atingia até mesmo a autoridade policial. Em sua “ode moderna”, Bilac fez uso paródico de um dos principais motivos explorados pelos parnasianos: a evocação da Antigüidade. Palavras-chave: Parnasianismo; Olavo Bilac; Sátira; Paródia.http://periodicos.ufc.br/index.php/revletras/article/view/2278 |
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Alvaro Santos Simões Junior |
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Olavo Bilac (1865-1918), um dos principais poetas do parnasianismo brasileiro, publicou centenas de poemas satíricos em periódicos cariocas e paulistanos. A Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, foi o veículo principal dessa produção que criticava principalmente a vida social e política da então Capital Federal. Como intelectual orgânico dos grupos dirigentes, Bilac, em suas crônicas e sátiras, apoiava as iniciativas por vezes truculentas do poder público, que, nos primeiros anos do regime republicano, procurava controlar e disciplinar as chamadas “classes perigosas”. No texto “Cleópatra (ode moderna)”, publicado em 5 de maio de 1896 (p. 1, 6. col.), o poeta, sob o pseudônimo Fantasio, comparou uma prostituta carioca, expulsa da rua Senhor dos Passos pela repressão policial, à célebre rainha do Egito, amante de Júlio César e Marco Antônio. A comparação burlesca procurava expor ao ridí- culo a meretriz, mas a ironia do enunciado atingia até mesmo a autoridade policial. Em sua “ode moderna”, Bilac fez uso paródico de um dos principais motivos explorados pelos parnasianos: a evocação da Antigüidade. Palavras-chave: Parnasianismo; Olavo Bilac; Sátira; Paródia. |
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