ESTUDO HIDROLÓGICO DO EFEITO DE BARRAMENTO HIDRÁULICO NO RIO TARUMÃ-AÇU, MANAUS-AM
<p>Rios amazônicos desempenham função estratégia no desenvolvimento da região. Estuda-los permite orientar na tomada de decisão em relação ao gerenciamento dos usos conflitosos dos recursos de uma bacia hidrográfica. No entanto, ainda é grande a falta de dados hidrológicos sobre eles, sobretud...
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União da Geomorfologia Brasileira
2021-04-01
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Series: | Revista Brasileira de Geomorfologia |
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doaj-7a152bdd60a74a58bdc0ab584e7db1ae2021-09-28T18:05:48ZengUnião da Geomorfologia BrasileiraRevista Brasileira de Geomorfologia1519-15402236-56642021-04-0122210.20502/rbg.v22i2.1752627ESTUDO HIDROLÓGICO DO EFEITO DE BARRAMENTO HIDRÁULICO NO RIO TARUMÃ-AÇU, MANAUS-AMLuan Ferreira Siqueira0Naziano Filizola1Programa de Pós-Graduação em Clima e Ambiente, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/Universidade do Estado do AmazonasDepartamento de Geociências, Universidade Federal do Amazonas.<p>Rios amazônicos desempenham função estratégia no desenvolvimento da região. Estuda-los permite orientar na tomada de decisão em relação ao gerenciamento dos usos conflitosos dos recursos de uma bacia hidrográfica. No entanto, ainda é grande a falta de dados hidrológicos sobre eles, sobretudo em pequenas bacias. Um rio pode ter seus atributos alterados por outro através das características físicas de sua confluência e pelo fenômeno do barramento hidráulico. Esse é o caso de um afluente do rio Negro, o rio Tarumã-Açu, maior rio da zona urbana de Manaus, Amazonas – Brasil. O objetivo deste estudo foi analisar como o efeito de barramento hidráulico e as características morfológicas da confluência interagem com os parâmetros físicos do rio Tarumã-Açu. Para isso, foram realizadas quatro coletas de dados entre os anos de 2018 e 2019 utilizando o Perfilador Acústico de Corrente por Efeito Doppler (ADCP) de 600 kHz, em cinco seções transversais no rio Tarumã-Açu e no rio Negro, antes e após a foz do Tarumã-Açu, realizando medidas de vazão, velocidade e direção do fluxo, profundidade, largura, temperatura superficial e retorno do eco retroespalhado pelo equipamento (<em>backscatter</em>). Devido à ausência de medição de cota no rio Tarumã-Açu, somou-se a profundidade média com a elevação do leito para se obter o nível da água. O nível do leito, por sua vez, foi obtida através de levantamento batimétrico com o ADCP, georreferenciada ao nível do mar pelo método de Posicionamento por Ponto Preciso. O modelo hidráulico HEC-RAS foi empregado para estimar o comportamento do efeito de barramento hidráulico do rio Negro sobre o nível da água do rio Tarumã-Açu. Os testes foram realizados tomando o escoamento como unidimensional, permanente e subcrítico. Os resultados mostram vazões bastante dispersas, altamente influenciadas pela velocidade e profundidade da seção. Observou-se por meio da velocidade do fluxo, da temperatura superficial e do <em>backscatter</em>, que a entrada do rio Negro pela superfície do rio Tarumã-Açu sobre um trecho de 17 km a montante de sua foz, o que causa alteração nas características físico-químicas de suas águas. Testes com HEC-RAS apontam que o Tarumã-Açu assume o mesmo nível do rio Negro quando este atinge a cota de 19 metros (nível do mar), independente da vazão a montante, o que ocorre durante cinco meses do ano em média. A discordância entre os leitos dos canais, o ângulo da confluência e a razão de fluxo de momentum entre os rios são as possíveis causas da influência constante do rio Negro sobre o rio Tarumã-Açu.</p>http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/1752barramento hidráulicorio tarumã-açuadcphec-ras |
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