A interdependência da prática docente e a construção da héxis corporal de professores de educação física e suas consequências na unidade escolar

Este artigo mostra a interdependência existente entre a prática docente e a construção da héxis corporal de professores de Educação Física e as suas consequências na unidade escolar, condição essa verificada pelo itinerário social desses agentes sociais que ministram aulas em uma escola municipal de...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Fábio Tadeu Reina, Luci Regina Muzzeti, Maria José Romanatto, Flávia Baccin Fiorante Inforsato, Maria Beatriz Loureiro de Oliveira
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho 2010-05-01
Series:Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação
Subjects:
Online Access:https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/2694
Description
Summary:Este artigo mostra a interdependência existente entre a prática docente e a construção da héxis corporal de professores de Educação Física e as suas consequências na unidade escolar, condição essa verificada pelo itinerário social desses agentes sociais que ministram aulas em uma escola municipal de ensino fundamental, na cidade de Araraquara – SP. Como pressuposto básico deste artigo, estabeleceu-se que a construção social da héxis corporal do professor de Educação Física é um processo em constante construção, pois é resultante de sua trajetória de vida com intervenções provenientes do contexto social em que vive. Nesse enfrentamento diário, o agente e/ou o seu grupo social tende a tornar visíveis os aspectos de dinamicidade e de permanência de sua ação. Em tal dinâmica, o agente e/ou o grupo a que pertence incorpora os elementos constituintes da realidade social e, a seu modo, exterioriza os conteúdos simbólicos interiorizados, compartilhando os traços de uma cultura comum que pode ser examinada através do conceito de habitus. A héxis, nesse sentido, é a dimensão que possibilita a internalização das conseqüências das práticas sociais e, também, a sua exteriorização corporal – através do modo de falar, gesticular, olhar, andar, sentar-se, manejar instrumentos, manter a postura da cabeça ou fazer caretas, cada vez mais associado a um tom de voz dos agentes sociais. As crianças são particularmente atentas, em todas as sociedades, a esses gestos e a essas posturas que caracterizam um adulto.
ISSN:1982-5587