Summary: | Hugh Kenner (2011) considera que Flaubert seria a matriz dos escritores considerados como "comediantes estoicos", seguido por Joyce e Beckett. Esse termo definiria aqueles escritores que percebem a literatura como um sistema fechado de signos, em que as 26 letras do alfabeto e suas possibilidades comutativas, assim como os lugares adequados dos diversos atos de falas a situações específicas de comunicação, são os recursos que permitem ao escritor a criação de uma técnica que diferencia as possibilidades da comunicação escrita das práticas de oitiva. Ao seguir essa tradição, Machado de Assis desqualifica toda uma herança literária, rompe com a ilusão do projeto de totalidade da estética realista queirosiana e denuncia o aspecto arbitrário do signo linguístico e toda a matéria empírica representada por ele.
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