O Mal-estar na Sala de Aula como Impulso Criador
Este trabalho é parte de um estudo realizado entre os anos de 2010 e 2011 no programa de Mestrado em Educação. O referido trabalho discute o mal-estar presente nas relações que se dão nas salas de aula nos dias atuais, por conta da falta de limites dos adolescentes. Neste artigo, apresentamos a anál...
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Universidade de Fortaleza
2015-04-01
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Series: | Revista Subjetividades |
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doaj-77a1be2f12c14bd1865da226edcc370e2020-11-25T02:59:23ZporUniversidade de FortalezaRevista Subjetividades2359-07772359-07772015-04-011519510410.5020/23590777.15.1.95-1043500O Mal-estar na Sala de Aula como Impulso CriadorRobineia da Costa SeraphimMárcia Aparecida Amador MasciaEste trabalho é parte de um estudo realizado entre os anos de 2010 e 2011 no programa de Mestrado em Educação. O referido trabalho discute o mal-estar presente nas relações que se dão nas salas de aula nos dias atuais, por conta da falta de limites dos adolescentes. Neste artigo, apresentamos a análise de uma aluna de 15 anos de idade, do sexo feminino, que responde parcialmente à demanda da escola enquanto um sujeito plenamente desejante. O material coletado para a análise se refere a relatos do processo de criação artística e o seu produto final, o objeto de arte desenvolvido pela adolescente. A pesquisa se sustenta nos estudos de Salles sobre os processos de criação artística e em alguns insights psicanalíticos sobre as novas formas de subjetivação de Birman e Forbes e, por fim, na análise do discurso francesa de Michel Pêcheux que entende o discurso como uma malha composta pela história, pela ideologia e pelo inconsciente. Como resultado, constatamos uma mudança de funcionamento psíquico dos alunos da atualidade em relação ao aluno da era moderna. Tal mudança diz respeito a um enfraquecimento da postura desejante em relação à escola e a sua forma de organização como um todo. Em outras palavras, os adolescentes não estão mais vendo a escola como objeto de desejo. Estamos diante de uma ambivalência do sujeito-aluno, um sujeito que, na atualidade, é incapaz de se fazer plenamente desejante como ainda almeja a escola na contemporaneidade.https://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/4524educaçãomal-estararteanálise do discursosujeito desejante. |
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Este trabalho é parte de um estudo realizado entre os anos de 2010 e 2011 no programa de Mestrado em Educação. O referido trabalho discute o mal-estar presente nas relações que se dão nas salas de aula nos dias atuais, por conta da falta de limites dos adolescentes. Neste artigo, apresentamos a análise de uma aluna de 15 anos de idade, do sexo feminino, que responde parcialmente à demanda da escola enquanto um sujeito plenamente desejante. O material coletado para a análise se refere a relatos do processo de criação artística e o seu produto final, o objeto de arte desenvolvido pela adolescente. A pesquisa se sustenta nos estudos de Salles sobre os processos de criação artística e em alguns insights psicanalíticos sobre as novas formas de subjetivação de Birman e Forbes e, por fim, na análise do discurso francesa de Michel Pêcheux que entende o discurso como uma malha composta pela história, pela ideologia e pelo inconsciente. Como resultado, constatamos uma mudança de funcionamento psíquico dos alunos da atualidade em relação ao aluno da era moderna. Tal mudança diz respeito a um enfraquecimento da postura desejante em relação à escola e a sua forma de organização como um todo. Em outras palavras, os adolescentes não estão mais vendo a escola como objeto de desejo. Estamos diante de uma ambivalência do sujeito-aluno, um sujeito que, na atualidade, é incapaz de se fazer plenamente desejante como ainda almeja a escola na contemporaneidade. |
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