Ensaio sobre o modelo produtivo francês (o paradigma produtivo pós-fordista: acomodação ou ruptura com o fordismo)
Ao longo deste ensaio, procurar-se-á entender todo o processo, por vezes contraditório, incerto e difícil, de emergência de um novo sistema produtivo no âmbito de uma realidade concreta. É da natureza de qualquer sistema produtivo criar e manter complementaridades entre a organização interna das em...
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Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Gestão e das Organizações da Saúde
1996-01-01
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Series: | Gestão e Desenvolvimento |
Online Access: | https://revistas.ucp.pt/index.php/gestaoedesenvolvimento/article/view/418 |
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doaj-77460ad0a0f94dbf9074c0e91826cb8d2020-11-25T00:46:33ZspaUniversidade Católica Portuguesa, Instituto de Gestão e das Organizações da SaúdeGestão e Desenvolvimento0872-556X2184-56381996-01-015-610.7559/gestaoedesenvolvimento.1996.418Ensaio sobre o modelo produtivo francês (o paradigma produtivo pós-fordista: acomodação ou ruptura com o fordismo)Filipe Almeida Santos0Instituto Universitário de Desenvolvimento e Promoção Social, Centro Regional de Viseu, Universidade Católica Portuguesa Ao longo deste ensaio, procurar-se-á entender todo o processo, por vezes contraditório, incerto e difícil, de emergência de um novo sistema produtivo no âmbito de uma realidade concreta. É da natureza de qualquer sistema produtivo criar e manter complementaridades entre a organização interna das empresas, as formas da concorrência, a natureza das relações industriais, o sistema educativo, sem esquecer a dinâmica macroeconómica. Desta definição realça-se que todo o sistema produtivo, que atinja a estabilidade estrutural, se toma incompatível com as formas de coordenação próprias do antigo sistema e bloqueia as inovações portadoras de um sistema superior. Compreende-se assim que, ao longo da história francesa, diversas configurações do sistema produtivo se tenham sucedido desde a primeira revolução industrial. A variação da envolvente económica nacional e internacional não é só por si susceptível de explicar a passagem de um sistema para outro, mas também a própria dinâmica impulsionada pelo paradigma produtivo faz emergir tendências que, a longo prazo, desestabilizam o próprio paradigma (Boyer, l 993a: 33). https://revistas.ucp.pt/index.php/gestaoedesenvolvimento/article/view/418 |
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Ao longo deste ensaio, procurar-se-á entender todo o processo, por vezes contraditório, incerto e difícil, de emergência de um novo sistema produtivo no âmbito de uma realidade concreta. É da natureza de qualquer sistema produtivo criar e manter complementaridades entre a organização interna das empresas, as formas da concorrência, a natureza das relações industriais, o sistema educativo, sem esquecer a dinâmica macroeconómica. Desta definição realça-se que todo o sistema produtivo, que atinja a estabilidade estrutural, se toma incompatível com as formas de coordenação próprias do antigo sistema e bloqueia as inovações portadoras de um sistema superior. Compreende-se assim que, ao longo da história francesa, diversas configurações do sistema produtivo se tenham sucedido desde a primeira revolução industrial. A variação da envolvente económica nacional e internacional não é só por si susceptível de explicar a passagem de um sistema para outro, mas também a própria dinâmica impulsionada pelo paradigma produtivo faz emergir tendências que, a longo prazo, desestabilizam o próprio paradigma (Boyer, l 993a: 33).
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