É Possível Planejar a Ciência? os cientistas franceses e a gênese de uma política científica no pós-guerra
A Segunda Guerra mundial mostrou que a ciência constitui um elemento indispensável de poder: depois de Hiroshima, não poderia mais ser desconsiderado. Consequentemente, os Estados ocidentais investem na Big Science com base no modelo fornecido pelos Estados Unidos. Diante do aparecimento de um novo...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal de Santa Catarina
2018-06-01
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Series: | Política & Sociedade |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/57520 |
Summary: | A Segunda Guerra mundial mostrou que a ciência constitui um elemento indispensável de poder: depois de Hiroshima, não poderia mais ser desconsiderado. Consequentemente, os Estados ocidentais investem na Big Science com base no modelo fornecido pelos Estados Unidos. Diante do aparecimento de um novo regime de produção dos saberes científicos, as universidades têm que enfrentar o surgimento de um novo regime de produção das elites científicas. No entanto, o campo universitário francês vê suas estruturas mudarem lentamente; os governos dos anos 1940 e 1950 parecem apostar sobre a homotetia existente, sem uma política global. O presente artigo se interessa pela mobilização dos cientistas em nome de uma nova organização do métier científico, por meio de um consenso de que cabe ao Estado apoiar e orientar o desenvolvimento científico. De fato, depois dos primeiros fracassos frustrantes dessas mobilizações, uma política científica se afirma a partir de 1956–1958. |
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ISSN: | 1677-4140 2175-7984 |