A cesta básica em Ilha Solteira e o Plano Real: levantamento e divulgação dos preços no período de 1995 a 2004

• Main Authors: Maria Aparecida Aselmo Tarsitano, Ércio Roberto Proença, Silvia Maria Almeida Lima Costa, Antonio Lázaro Sant'Ana, Carlos Augusto Moraes e Araújo, Elaine Mendonça Bernardes, Irineu Brasiliano
• Format: Article
• Language: Portuguese
• Published: Universidade Estadual Paulista, Pró-Reitoria de Extensão Universitária 2010-06-01
• Series: Revista Ciência em Extensão
• Online Access: http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/257

Introdução: Antes da implantação do Plano Real em 1994 a economia do País vinha de um longo processo de desestabilização, com taxas de inflação que chegaram a ser superiores a 80% ao mês. Para combater a inflação o Plano Real propunha, além de um ajuste fiscal, uma reforma monetária que anularia os efeitos de indexadores de preços. A queda acentuada da inflação permitiu que levantamentos de preços tivessem uma maior efetividade na orientação das compras da população. Em agosto de 1994 docentes, técnicos e alunos do departamento de Fitotecnia, e Sociologia Rural da FE/UNESP, Campus de Ilha Solteira, iniciaram um trabalho de levantamento de preços nos principais supermercados de Ilha Solteira, visando prestar um serviço à comunidade e ao mesmo tempo reunir um banco de dados que pudesse auxiliar futuras pesquisas da área. Objetivos: levantar, analisar e divulgar a evolução dos preços da cesta básica na cidade de Ilha Solteira-SP, no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2004. Métodos: a metodologia adotada foi a coleta mensal de preços e marcas dos produtos de uma cesta básica, em supermercados do município de Ilha Solteira. A cesta básica foi definida a partir de dados dos hábitos de uma família com renda média de 10,3 salários mínimos, composta de quatro pessoas que compram em supermercados alimentos, material de limpeza doméstica e higiene pessoal. Este perfil foi traçado a partir de dados obtidos da Pesquisa de Orçamento Familiar de São Paulo (POF) e das Pesquisas de Consumo Alimentar no Município de São Paulo (DIEESE/PROCON), resultando na definição de 31 produtos: 22 de alimentação, 4 de limpeza doméstica e 5 de higiene pessoal bem como, as quantidades consumidas de cada item. O valor da cesta é calculado a partir da média dos preços praticados, nos principais supermercados pesquisados na cidade. Os preços foram deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor ¾ IPC da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas ¾- FIPE, tabulados no software Microsoft Excel for Windows e sistematizados em tabelas e gráficos. Resultados: os preços nominais dos produtos nos supermercados são apresentados mensalmente em planilhas e divulgados a comunidade ilhense, através de jornais, panfletos com o objetivo de orientar a população na compra de seus produtos. Os preços nominais da cesta básica no período de janeiro de 1995 (R$111,86) a dezembro de 2004 (R$234,61) aumentaram 109,74%. Se considerarmos que a inflação neste período estimada pelo IPC da FIPE foi de 119,61%, isto representou um ganho real de quase 10%.