Summary: | RESUMO: A ideia de que internacionalizar a educação é tarefa da qual o ensino superior no país não pode escapar mobiliza as discussões realizadas ao longo deste artigo. Assim, a partir da premissa de que o chamado Programa Ciência sem Fronteiras se configura como um dispositivo de poder/saber, refletimos sobre as regularidades discursivas e os efeitos de poder vinculados a um conjunto de enunciados que tem como referencial a internacionalização da educação. Primeiramente, discutimos o programa como acontecimento discursivo e dispositivo de governamentalidade; em seguida, analisamos sequências enunciativas retiradas de um arquivo mais abrangente, composto por documentos e entrevistas feitas a sujeitos que tiveram uma experiência educacional com esse programa. As discussões encontram-se calcadas em levantamento bibliográfico, pesquisa documental e entrevistas narrativas (BAUER & GASKEL, 2002), Também valemo-nos do método arquegenealógico, com base em Foucault (1999, 2008, 2014, 2015), bem como Deleuze (2011), Veyne (2011) e Navarro (2004, 2011, 2015).
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