COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DOS PLANALTOS ESCALONADOS DO SUDESTE DE MINAS GERAIS
Na macroconfiguração geomorfológica do sudeste de Minas Gerais é notória a organização dos planaltos, em planta e perfil, segundo degraus escalonados. A delimitação espacial desses degraus coincide com a organização da rede hidrográfica regional, composta por grandes bacias interiores (Paraná e São...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
União da Geomorfologia Brasileira
2015-06-01
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Series: | Revista Brasileira de Geomorfologia |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/634 |
Summary: | Na macroconfiguração geomorfológica do sudeste de Minas Gerais é notória a organização dos planaltos, em planta e perfil, segundo degraus escalonados. A delimitação espacial desses degraus coincide com a organização da rede hidrográfica regional, composta por grandes bacias interiores (Paraná e São Francisco) e por bacias costeiras menores (Doce e Paraíba do Sul). Esses agrupamentos de bacias são separados por um grande escarpamento, herança dos processos que colimaram na abertura mesocenozoica do Atlântico Sul. A compartimentação geomorfológica desses planaltos comprova o papel fundamental exercido pelo arcabouço litoestrutural na evolução e configuração da paisagem, bem como revela a participação de uma tectônica recente (cenozoica). As análises efetivadas neste trabalho se fundamentam no desnivelamento altimétrico que vigora na organização do relevo regional, à conta de remanescentes de blocos tectonizados e associados à diversidade litoestrutural. Os mapeamentos realizados comprovam a existência de três macrocompartimentos geomorfológicos, cuja morfologia regional manifesta caimentos topográficos em dois sentidos principais: para NW, nos degraus Paraná - São Francisco e Doce; para SE, no degrau Paraíba do Sul. Na morfogênese desses degraus foi fundamental o processo de retração denudacional das escarpas que, em múltiplas dimensões espaço-temporais, se articulou a condicionantes tectônicos e estruturais. As diferenças na dissecação das bacias costeiras indicam a atuação de níveis de base locais e uma resposta à orientação de estruturas regionais. As estruturas impõem um controle regional sobre a evolução da rede de drenagem com direção preferencial NE-SW. Anomalias de drenagem se encontram associadas ao controle litoestrutural e implicaram na reorganização da rede hidrográfica. |
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ISSN: | 1519-1540 2236-5664 |