Racionalidades médicas e integralidade Medical rationalities and integrality

O objetivo deste artigo é discutir aspectos da "integralidade", princípio normativo do SUS, a partir de pesquisas organizadas ao redor da categoria "racionalidade médica" e da epistemologia de Ludwik Fleck. O artigo discute a categoria integralidade, defendendo que a mesma tem di...

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Bibliographic Details
Main Authors: Charles Dalcanale Tesser, Madel Therezinha Luz
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva 2008-02-01
Series:Ciência & Saúde Coletiva
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000100024
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spelling doaj-75826976c95b4808a12ba1bf94611c9e2020-11-24T23:32:04ZengAssociação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde ColetivaCiência & Saúde Coletiva1413-81231678-45612008-02-0113119520610.1590/S1413-81232008000100024Racionalidades médicas e integralidade Medical rationalities and integralityCharles Dalcanale TesserMadel Therezinha LuzO objetivo deste artigo é discutir aspectos da "integralidade", princípio normativo do SUS, a partir de pesquisas organizadas ao redor da categoria "racionalidade médica" e da epistemologia de Ludwik Fleck. O artigo discute a categoria integralidade, defendendo que a mesma tem distintos significados para doentes e curadores especializados; tem maior relevância e significa uma missão permanente para estes últimos; vincula-se ao relacionamento curador-doente e à eficácia da ação terapêutica. A integralidade constitui um grave problema para a biomedicina, cujo saber esquartejou o doente e centrou sua ação nas "doenças biomédicas". Aí, a integralidade está tanto mais bloqueada quanto mais especializado o ambiente. A atenuação desses bloqueios passa pela periferia dos círculos especializados e pelo trabalho em equipes multidisciplinares, traduzidos no SUS, acertadamente, como prioridade para a atenção primária ou básica. Inversamente, outras racionalidades, como a homeopatia e a medicina tradicional chinesa, comportam um saber/prática facilitador da integralidade nos seus círculos esotéricos e seu desafio, além de sua presença incipiente no SUS, é levar ao mundo de suas práticas, a integralidade de seus círculos esotéricos originais.<br>The purpose of this article is to examine integrality as the ruling principle of Brazil's National Health System (SUS) from a comparative perspective, based on works coordinated by LUZ and cols. on the concept of "medical rationality" and also on Fleck's epistemology. Integrality has different meanings according to patients and specialized healers; it is more relevant to the latter, for whom it represents a permanent mission, being linked to the healer patient relationship. Integrality constitutes a difficult problem for biomedicine, whose expertise has torn the patient apart and focused its actions on "biomedical diseases". For this field of medicine, the more specialized the environment, the more integrality is blocked. The possibility of mitigating these blocks lies on the outskirts of specialized circles, found in the work of multidisciplinary teams, properly ranked by Brazil's National Health System (SUS) as the focus of Primary or Basic Healthcare. On the other hand, other rationalities such as homeopathy or traditional Chinese medicine have facilitative knowledge and practice for the inner circles of integrality, and the challenge - in addition to its incipient presence in this System - is to draw integrality away from its original esoteric circles into the world of its practices.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000100024IntegralidadeRacionalidades médicasMedicinas alternativasSaúde públicaIntegralityMedical rationalitiesAlternative medicinePublic health
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