Tendências da investigação epidemiológica em doenças crônicas Epidemiological research trends in chronic diseases

A identificação de vários fatores de risco da vida adulta contribuiu, sobretudo nos países desenvolvidos, para a diminuição da ocorrência de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer. O modelo etiológico mais adotado enfatiza no entanto, os fatores de risco relacionados ao estilo de vida...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Gulnar Azevedo Silva Mendonça
Format: Article
Language:English
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz 2001-06-01
Series:Cadernos de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2001000300024
Description
Summary:A identificação de vários fatores de risco da vida adulta contribuiu, sobretudo nos países desenvolvidos, para a diminuição da ocorrência de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer. O modelo etiológico mais adotado enfatiza no entanto, os fatores de risco relacionados ao estilo de vida e às exposições ocupacionais. Esta ênfase vem levando a uma excessiva individualização do risco, com um conseqüente enfraquecimento do vínculo da epidemiologia com a saúde pública. São comentadas neste artigo as opiniões de epidemiologistas que fazem uma reflexão sobre as falhas, os limites e os desdobramentos da epidemiologia moderna que têm contribuído para uma reorientação teórica da disciplina. Identifica-se assim, que as alternativas ao modelo atual devem buscar uma integração entre os achados de biologia molecular com os fatores de risco classicamente concebidos e com condições adversas em etapas precoces da vida, considerando todas estas influências causais em níveis hierarquizados de organização. São destacadas e comentadas três importantes vertentes neste processo de evolução: a epidemiologia molecular, a teoria dos eventos precoces na vida e os modelos multinível.<br>Identification of adult risk factors has contributed to a decrease in the occurrence of cardiovascular diseases and some types of cancer, particularly in developed countries. However, the prevailing etiologic model emphasizes risk factors associated with life style and occupational exposures. This emphasis leads to an excessive individualization of risk, weakening the link between epidemiology and public health. This article comments on the opinions of epidemiologists concerning the failures, limitations, and evolution of modern epidemiology that have helped redirect the field's theoretical underpinnings. Alternatives to the current model tend to integrate findings from molecular biology with classic risk factors and early adverse conditions in life, taking into account all these causal influences in hierarchical levels of organization. The author identifies and comments on three important approaches in this evolution: molecular epidemiology, the theory of early life factors, and multilevel models.
ISSN:0102-311X
1678-4464