Summary: | Este artigo examina a interpretação liberal-igualitária da tolerância como um valor político. Essa interpretação apóia-se em uma noção que teóricos políticos como Brian Barry e Thomas Nagel denominam "imparcialidade moral de segunda ordem" ou "imparcialidade de ordem superior". A idéia central é a de que há uma distinção de importância normativa capital entre aquilo que justifica convicções associadas a "doutrinas abrangentes do bem", e visões éticas similares, e razões que se prestam a justificar o emprego da coerção coletiva da sociedade.<br>The article discusses an egalitarian-liberal account of tolerance as a political value. It is an account that appeals to a notion that political theorists such as Brian Barry and Thomas Nagel have called "second-order impartiality" or "higher-order impartiality". The main idea is that there is a distinction of capital normative relevance between what justifies beliefs that belong to "comprehensive doctrines of the good", and similar ethical views, and reasons that may justify the employment of collective coercion.
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