Summary: | Este artigo tem como tema central diferentes elementos sócio-discursivos acionados por atores distintos diante do estabelecimento da aldeia Kaingang (Tupeng-pó) no Morro do Osso, perímetro urbano da cidade de Porto Alegre. Buscamos assim, analisar a dimensão da tensão relacional instaurada entre atores não-indígenas habitantes da urbe – ambientalistas, ecologistas, políticos e representantes de associações de moradores – e o grupo Kaingang da aldeia Tupeng-pó. Resgatando o conceito de ambiência de Baudrillard nos termos de uma orientação cosmológica que busca definir formas e dinâmicas espaciais, pretendemos analisar como os espaços da cidade e da mata são percebidos por cada um dos atores envolvidos, ou seja, de que maneira estas ambiências se relacionam num contexto de conflito.
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