Citologia vaginal de preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus)
As preguiças-de-coleira (Bradypus torquatus) são mamíferos arborícolas da família Bradypodidae. Podem ser encontradas nos trechos de Mata Atlântica do Brasil e a maior diversidade genética de suas populações ocorre em matas do sul da Bahia. A observação desses animais na natureza é muito difícil, po...
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Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)
2011-03-01
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doaj-741f0081ad6042c49500fea1bb98eabe2020-11-25T01:47:56ZengColégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)Pesquisa Veterinária Brasileira1678-51502011-03-0131327127510.1590/S0100-736X2011000300015S0100-736X2011000300015Citologia vaginal de preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus)P.P.N. Snoeck0A.C.B. CruzL.S. Catenacci1C.R. Cassano2Universidade Estadual de Santa CruzInstituto de Estudos Socioambientais do Sul da BahiaInstituto de Estudos Socioambientais do Sul da BahiaAs preguiças-de-coleira (Bradypus torquatus) são mamíferos arborícolas da família Bradypodidae. Podem ser encontradas nos trechos de Mata Atlântica do Brasil e a maior diversidade genética de suas populações ocorre em matas do sul da Bahia. A observação desses animais na natureza é muito difícil, pois passam a maior parte da vida escondidos no denso emaranhado das copas, por isso, dados sobre aspectos reprodutivos são escassos e não existem informações sobre ciclo estral dessa espécie. Este trabalho teve por objetivo identificar as células do epitélio vaginal da preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus) como forma de viabilizar o uso dessa técnica para estudar as fases do ciclo estral desses animais. As amostras para citologia vaginal foram obtidas de quatro preguiças de coleira que habitavam áreas de Mata Atlântica do sul da Bahia. Após captura manual do animal, procedeu-se a coleta de material biológico, introduzindo uma escova ginecológica estéril, na comissura dorsal da vulva. Para cada amostra foram feitos dois esfregaços rotacionando a extremidade da escova sobre cada lâmina de vidro, fazendo-se em geral três impressões lineares. O esfregaço foi imediatamente corado pelo método Panótico rápido (Laborclin®). Nas preguiças BT033, BT065 e BT042 foi possível identificar respectivamente 30%, 33% e 7% de células parabasais (PB); 56%, 22% e 10% de células intermediárias pequenas (IP); 6%, 18% e 6% de células intermediárias grandes (IG); 2%, 13% e 24% de células superficiais nucleadas (SN); 6%, 14% e 53% de células superficiais anucleadas (SA). Na preguiça BT464 foi possível fazer duas coletas com intervalo de 13 meses. Os dados da primeira e segunda coleta foram, respectivamente: 6% e 17,5 de células PB, 5% e 25% de células IP, 11% e 15,5% de células IG, 8% e 19,5% de células SN e 70% e 22,5% de células SA. Enfatiza-se que as porcentagens de células do epitélio vaginal variaram entre indivíduos e também na mesma preguiça. Isto sugere que a citologia vaginal possa ser uma ferramenta de avaliação do ciclo estral em preguiça-de-coleira.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2011000300015&lng=en&tlng=encélulas do epitélio vaginalreproduçãopreguiça-de-coleiraBradypus torquatusBradypodidae |
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