Moda, modos e liderança de gosto no cinema brasileiro
O estudo aqui apresentado aborda uma reflexão acerca do papel de liderança na formação de gosto e estilo em relação à moda e comportamento, tendo como agente comunicador a figura pública de uma atriz do cinema brasileiro. Esta atriz é Eliana Macedo, estrela produzida pelas chanchadas cariocas, em u...
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Universidade do Estado de Santa Catarina
2012-07-01
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Series: | ModaPalavra e-periódico |
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doaj-73aad1902e164a7d961fb2f48733f22b2021-03-15T20:04:20ZspaUniversidade do Estado de Santa CatarinaModaPalavra e-periódico1982-615X2012-07-01510Moda, modos e liderança de gosto no cinema brasileiroLuciana Dulci0Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC O estudo aqui apresentado aborda uma reflexão acerca do papel de liderança na formação de gosto e estilo em relação à moda e comportamento, tendo como agente comunicador a figura pública de uma atriz do cinema brasileiro. Esta atriz é Eliana Macedo, estrela produzida pelas chanchadas cariocas, em um contexto que tinha o cinema como principal veículo imagético difusor da cultura de massa no Brasil. Eliana representava, por meio de suas personagens, o arquétipo da “boa moça” e, a superposição entre o tipo veiculado por ela nos filmes e muito de sua orientação de estilo, moda e comportamento fora das telas, vinculava uma imagem de referência para o público feminino, sobretudo as mulheres brasileiras pertencentes às camadas médias e populares urbanas. Tendo por base essas questões é possível pensar que o poder de moldar gostos e suscitar a imitação acontece em um processo onde a figura ambígua da personagem/atriz revela publicamente práticas e propriedades já existentes no seu grupo de referência – em estado latente ou aparente – pela capacidade de refleti-las e expressá- las, consagrando socialmente práticas e propriedades que correspondiam ao tipo feminino idealizado para as boas moças da sociedade brasileira dos anos 1950. https://www.periodicos.udesc.br/index.php/modapalavra/article/view/7770 |
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O estudo aqui apresentado aborda uma reflexão acerca do papel de liderança na formação de gosto e estilo em relação à moda e comportamento, tendo como agente comunicador a figura pública de uma atriz do cinema brasileiro. Esta atriz é Eliana Macedo, estrela produzida pelas chanchadas cariocas, em um contexto que tinha o cinema como principal veículo imagético difusor da cultura de massa no Brasil. Eliana representava, por meio de suas personagens, o arquétipo da “boa moça” e, a superposição entre o tipo veiculado por ela nos filmes e muito de sua orientação de estilo, moda e comportamento fora das telas, vinculava uma imagem de referência para o público feminino, sobretudo as mulheres brasileiras pertencentes às camadas médias e populares urbanas. Tendo por base essas questões é possível pensar que o poder de moldar gostos e suscitar a imitação acontece em um processo onde a figura ambígua da personagem/atriz revela publicamente práticas e propriedades já existentes no seu grupo de referência – em estado latente ou aparente – pela capacidade de refleti-las e expressá- las, consagrando socialmente práticas e propriedades que correspondiam ao tipo feminino idealizado para as boas moças da sociedade brasileira dos anos 1950.
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