Globalização, integração regional e entraves na política social na América Latina
A adoção de políticas neoliberais tem gerado nos países do Mercosul maiores dificuldades para se superar a situação de desigualdade que marca a história de seus países membros. Essas políticas macroeconômicas aprofundaram os conflitos sociais em geral, e os agrários em especial, produzindo violênc...
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Format: | Article |
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
2009-12-01
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Series: | Revista Maracanan |
Online Access: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/maracanan/article/view/13639 |
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doaj-73a6e0296ceb426da31c3a7e74b805342020-11-25T01:32:32ZporUniversidade do Estado do Rio de JaneiroRevista Maracanan1807-989X2359-00922009-12-01559110910.12957/revmar.2009.136398119Globalização, integração regional e entraves na política social na América LatinaLuiz Henrique Nunes Bahia0Maria Cristina Leal1Universidade do Estado do Rio de JaneiroUniversidade do Estado do Rio de JaneiroA adoção de políticas neoliberais tem gerado nos países do Mercosul maiores dificuldades para se superar a situação de desigualdade que marca a história de seus países membros. Essas políticas macroeconômicas aprofundaram os conflitos sociais em geral, e os agrários em especial, produzindo violência tanto rural quanto urbana. Os dados históricos, tanto quantitativos quanto qualitativos, apontam para profundas marcas que vem do período colonial - como no caso brasileiro, onde o latifúndio sempre imperou - gravadas a ferro e a fogo. Este processo resulta em um modelo de desenvolvimento calcado na elevada concentração da terra, na exclusão social, no desemprego, na fome, na miséria, na desigualdade de distribuição de renda e no êxodo rural de populações camponesas pobres e trabalhadores rurais sem terra, atingindo todos os países do Mercosul de forma desproporcional. As disparidades sócio-econômicas se inscrevem também no contexto urbano da América Latina, marcada pelo inchaço das cidades, onde mais de 70% da população reside. Vale dizer, os governos da região não têm tido sucesso, mesmo com a implementação de políticas sociais, em dar respostas à violência decorrente da questão social, um dos fatores que tem dificultado, nos últimos anos, o aprofundamento da integração regional e a busca de conciliação entre democracia e justiça social.https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/maracanan/article/view/13639 |
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A adoção de políticas neoliberais tem gerado nos países do Mercosul maiores dificuldades para se superar a situação de desigualdade que marca a história de seus países membros. Essas políticas macroeconômicas aprofundaram os conflitos sociais em geral, e os agrários em especial, produzindo violência tanto rural quanto urbana. Os dados históricos, tanto quantitativos quanto qualitativos, apontam para profundas marcas que vem do período colonial - como no caso brasileiro, onde o latifúndio sempre imperou - gravadas a ferro e a fogo. Este processo resulta em um modelo de desenvolvimento calcado na elevada concentração da terra, na exclusão social, no desemprego, na fome, na miséria, na desigualdade de distribuição de renda e no êxodo rural de populações camponesas pobres e trabalhadores rurais sem terra, atingindo todos os países do Mercosul de forma desproporcional. As disparidades sócio-econômicas se inscrevem também no contexto urbano da América Latina, marcada pelo inchaço das cidades, onde mais de 70% da população reside. Vale dizer, os governos da região não têm tido sucesso, mesmo com a implementação de políticas sociais, em dar respostas à violência decorrente da questão social, um dos fatores que tem dificultado, nos últimos anos, o aprofundamento da integração regional e a busca de conciliação entre democracia e justiça social. |
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