Summary: | <p>Este artigo objetiva estudar a intercessão do mito com a literatura fantástica no conto <strong>O lobisomem da porta velha</strong>, de Jayme Griz, lenda referenciada por meio das leituras de Mircea Eliade, Pierre Brunel, André Dabezies e Luís da Câmara Cascudo. Em outro sentido, a discussão sobre o fantástico decorreu das teorias de Charles Nodier, Tzvetan Todorov, Remo Ceserani e David Roas, condicionada ao método dialético e aos elos mantidos entre texto e contexto. As conclusões alcançadas consolidam as peculiaridades do mito do lobisomem no relato: como um arquétipo, sua representação dialoga com o <em>ethos</em> da sociedade da Zona da Mata pernambucana, onde o misticismo e o sincretismo religioso redimensionam a ideia do sobrenatural na literatura fantástica.</p>
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