Espaço social urbano e doença mental: um estudo de área ecológica

A hipótese de uma correlação positiva entre densidade demográfica e níveis de psicopatologia foi testada, a partir de um estudo de área ecológica realizado em um setor de baixa renda da Região Metropolitana de Salvador-BA. Taxas de prevalência de doença mental em adultos e em crianças, além de nívei...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Naomar de Almeida Filho, Vilma Souza Santana
Format: Article
Language:English
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz 1986-09-01
Series:Cadernos de Saúde Pública
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1986000300006
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spelling doaj-732d1d9797c64e8380899df05f527f2b2020-11-24T23:16:30ZengEscola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo CruzCadernos de Saúde Pública0102-311X1678-44641986-09-012333434810.1590/S0102-311X1986000300006Espaço social urbano e doença mental: um estudo de área ecológicaNaomar de Almeida FilhoVilma Souza SantanaA hipótese de uma correlação positiva entre densidade demográfica e níveis de psicopatologia foi testada, a partir de um estudo de área ecológica realizado em um setor de baixa renda da Região Metropolitana de Salvador-BA. Taxas de prevalência de doença mental em adultos e em crianças, além de níveis de sintomatologia psiquiátrica, coletadas por área, através de um inquérito transversal, com uma amostra representativa de 1 549 adultos e 848 crianças, foram tomadas como indicadores da variável dependente. Densidade externa e densidade interna, tempo de residência urbana e renda média per capita, medidas por meio de coleta direta na mesma amostra, foram utilizadas como variáveis independentes. A análise de regressão múltipla revelou que apenas renda exercia um efeito significante, porém no sentido oposto ao previsto, sobre as equações de todas as variáveis dependentes. O incremento no R², que variou de 15 a 71%, deveu-se principalmente a variáveis não incluídas nas hipóteses, como média de idade, número de residentes por família e proporção de migrantes. As hipóteses deste estudo, em resumo, são refutadas pelos seus resultados, devendo-se interpretar tais achados basicamente em termos das suas objeções metodológicas.<br>The hypothesis of a psitive correlation between population density and levels of psycopathology was tested with an ecological study carried on in a low-income sector of the metropolitan region of Salvador - Bahia, Northeast Brazil. Prevalence rates of mental illness in children and adults, as well as scores of psychiatric simptomatology (collected by means of a cross-sectional survey with a representative sample of 1 549 adults and 848 children) were taken as indicators of the dependent variable. External and internal density, time of urban residence and average per capita income, measured directly from the same survey, were employed as independent variables. Multiple regression analysis showed that only income had a significant effect, but in the opposite direction, over the equations of all dependent variables. The increase in the R², which varied from 15 to 71%, was due mainly to variables not included in the hypothesis, such as average age, number of residents per dwellers and percent of migrants. The hypothesis of this study, in sum, are not confirmed by data, and such findings may be interpreted basically in terms of methodological problems of the study design.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1986000300006
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