Patients' relatives delayed help seeking after a first psychotic episode Demora na procura por tratamento pelos familiares de pacientes após um primeiro episódio psicótico
OBJECTIVE: Recent studies show that proper treatment after the first psychotic episode may be delayed for a long time. Some patients remain without care even while exhibiting serious symptoms. The objective of the study was to understand the reasons why patients' relatives waited at least 6 mon...
Main Authors: | , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)
2006-06-01
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Series: | Brazilian Journal of Psychiatry |
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Vera B M Monteiro José Quirino dos Santos Denise Martin |
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Vera B M Monteiro José Quirino dos Santos Denise Martin Patients' relatives delayed help seeking after a first psychotic episode Demora na procura por tratamento pelos familiares de pacientes após um primeiro episódio psicótico Brazilian Journal of Psychiatry Psiquiatria Transtornos psicóticos Pesquisa qualitativa Assistência médica Meio social Psychiatry Psychotic disorders Qualitative research Patient care Social environment |
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Brazilian Journal of Psychiatry |
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1516-4446 1809-452X |
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2006-06-01 |
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OBJECTIVE: Recent studies show that proper treatment after the first psychotic episode may be delayed for a long time. Some patients remain without care even while exhibiting serious symptoms. The objective of the study was to understand the reasons why patients' relatives waited at least 6 months to look for psychiatric counseling and treatment. METHOD: Qualitative analyses of semi-structured interviews with 15 relatives (of patients with first psychotic episode) who have waited more than six months before seeking psychiatric treatment were applied. The interviews were recorded; transcribed and relevant portions were codified and grouped, forming terms, concepts or categories. RESULTS: These family members referred to individuals with mental problems in other families in a stereotyped fashion, citing negative aspects such as violence and criminality. They used softer terms when referring to their family members. Not knowing that their sick relative to be a case of mental illness, relatives classified certain observed behaviors as coming principally from spiritual problems and drug use. The initial delay in seeking medical help for the sick person was influenced by: 1) stereotyped misconceptions used by relatives to understand mental problems; 2) explanatory models elaborated to try to understand the sick person's behavior; 3) fear of psychiatric treatment; and 4) negative experiences with psychiatric services. CONCLUSIONS: Cultural aspects are present at all levels of this elaboration process. Their proper understanding by physicians can considerably diminish relatives' pain and suffering.<br>OBJETIVO: Estudos recentes demonstram que o início do tratamento apropriado após o primeiro episódio psicótico pode ser adiado por um longo tempo. Alguns pacientes permanecem sem atenção profissional mesmo apresentando sintomas graves. O objetivo deste estudo foi o de compreender as razões pelas quais os parentes dos pacientes demoram pelo menos seis meses para procurar aconselhamento e tratamento psiquiátricos. MÉTODO: Foram realizadas análises qualitativas de entrevistas semi-estruturadas com 15 parentes (de pacientes em seu primeiro episodio psicótico) que demoraram mais de seis meses para buscar tratamento psiquiátrico. As entrevistas foram gravadas; as partes transcritas e relevantes foram codificadas e agrupados, formando termos, conceitos ou categorias. RESULTADOS: Os familiares referiram-se aos indivíduos com problemas mentais de outras famílias de forma estereotipada, citando aspectos negativos, tais como violência e criminalidade. Utilizaram termos menos graves para se referir aos seus próprios familiares. Não sabendo que seu parente doente era um caso de doença mental, os parentes classificaram certos comportamentos observados como provenientes, principalmente, de problemas espirituais ou do uso de drogas. A demora inicial em buscar auxílio médico para a pessoa doente foi influenciada por: 1) conceitos equivocados e estereotipados utilizados pelos parentes para entender os problemas mentais; 2) modelos explanatórios elaborados para tentar entender o comportamento da pessoa doente; 3) medo do tratamento psiquiátrico; e 4) experiências negativas com serviços psiquiátricos. CONCLUSÕES: Estão presentes aspectos culturais em todos os níveis desse processo de elaboração. A compreensão adequada desses aspectos pelos clínicos pode diminuir consideravelmente a dor e o sofrimento dos familiares. |
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