Por uma virada pós-secular: o feminismo islâmico e os desafios aos feminismos (seculares) em Relações Internacionais
O presente artigo analisa as principais reivindicações do feminismo islâmico e os desafios que este movimento encontra ante os estudos feministas em Relações Internacionais (RI), mesmo num contexto supostamente mais plural e aberto a novas epistemologias e ontologias. Identifica-se, por um lado, a e...
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Universidade Federal da Grande Dourados
2017-09-01
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doaj-72d18132ca3248ef8960f7fbba06af612020-11-24T22:16:22ZporUniversidade Federal da Grande DouradosMonções2316-83232017-09-01611588810.30612/rmufgd.v6i11.69043329Por uma virada pós-secular: o feminismo islâmico e os desafios aos feminismos (seculares) em Relações InternacionaisAna Paula Maielo Silva0Monique de Medeiros LinharesRachel Emanuelle Lima Lira Farias de MeloUEPBO presente artigo analisa as principais reivindicações do feminismo islâmico e os desafios que este movimento encontra ante os estudos feministas em Relações Internacionais (RI), mesmo num contexto supostamente mais plural e aberto a novas epistemologias e ontologias. Identifica-se, por um lado, a existência de um grande hiato entre os estudos feministas e a religião, a não ser, naturalmente, pela crítica de grande parte destes estudos de que a religião é inerentemente patriarcal e, por extensão, opressora. Por outro lado, argumenta-se, que esta lacuna é oriunda da metanarrativa secular que respalda a produção de conhecimento da ciência moderna e, por conseguinte, os estudos de gênero. Finalmente, defende-se que a metanarrativa secular reifica o papel da ciência como a única forma legítima de enunciação e, que por se constituir em oposição à religião, acaba criando binários tais como secular/espiritual, razão/obscurantismo, ciência/religião, liberdade/opressão. Destarte, estes binários têm sido responsáveis por silenciar e excluir as narrativas e as experiências de mulheres muçulmanas em seus países e diásporas muçulmanas.http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/moncoes/article/view/6904 |
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Ana Paula Maielo Silva Monique de Medeiros Linhares Rachel Emanuelle Lima Lira Farias de Melo |
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O presente artigo analisa as principais reivindicações do feminismo islâmico e os desafios que este movimento encontra ante os estudos feministas em Relações Internacionais (RI), mesmo num contexto supostamente mais plural e aberto a novas epistemologias e ontologias. Identifica-se, por um lado, a existência de um grande hiato entre os estudos feministas e a religião, a não ser, naturalmente, pela crítica de grande parte destes estudos de que a religião é inerentemente patriarcal e, por extensão, opressora. Por outro lado, argumenta-se, que esta lacuna é oriunda da metanarrativa secular que respalda a produção de conhecimento da ciência moderna e, por conseguinte, os estudos de gênero. Finalmente, defende-se que a metanarrativa secular reifica o papel da ciência como a única forma legítima de enunciação e, que por se constituir em oposição à religião, acaba criando binários tais como secular/espiritual, razão/obscurantismo, ciência/religião, liberdade/opressão. Destarte, estes binários têm sido responsáveis por silenciar e excluir as narrativas e as experiências de mulheres muçulmanas em seus países e diásporas muçulmanas. |
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