O sapo, a moça e o texto desencantados

Ao longo do tempo, vários autores apropriaram-se dos contos de fadas a fim de compilá-los e reinventá-los, como fizeram os Irmãos Grimm. Não se trata de mera cópia ou de apenas dar respostas e soluções de efeito moralizante. Amiúde, prospera a traição à narrativa original na recriação do texto. No p...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Ronnie Francisco Cardoso, Cléber Luís Dungue
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2012-10-01
Series:FronteiraZ
Subjects:
Online Access:https://revistas.pucsp.br/index.php/fronteiraz/article/view/12271
Description
Summary:Ao longo do tempo, vários autores apropriaram-se dos contos de fadas a fim de compilá-los e reinventá-los, como fizeram os Irmãos Grimm. Não se trata de mera cópia ou de apenas dar respostas e soluções de efeito moralizante. Amiúde, prospera a traição à narrativa original na recriação do texto. No processo de reinvenção, recorre-se a histórias conhecidas que vão ganhando novos significados e formas. É em tal contexto que podemos inserir o conto Perdida estava a meta da morfose, do livro Contos de amor rasgado, de Marina Colasanti. Nessa história, como em outras de sua vasta produção, a autora extrapola os limites dos contos de fadas tradicionais. Em um jogo literário que envolve traição e sedução, encantamento e desencantamento, fascínio e decepção, o texto de Colasanti provoca uma mudança no horizonte de expectativa do leitor.
ISSN:1983-4373