Sisprenatal como instrumento de avaliação da qualidade da assistência à gestante Sisprenatal como instrumento de evaluación de la calidad de la asistencia a la gestante SISPRENATAL as a tool for evaluating quality of prenatal care
OBJETIVO: Avaliar a cobertura do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento segundo o cumprimento dos seus requisitos mínimos e indicadores de processo, comparando as informações do cartão da gestante com os do Susprenatal. MÉTODOS: Estudo transversal com dados do pré-natal de 1.489 puérperas...
Main Authors: | , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade de São Paulo
2011-10-01
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Series: | Revista de Saúde Pública |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102011000500006 |
Summary: | OBJETIVO: Avaliar a cobertura do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento segundo o cumprimento dos seus requisitos mínimos e indicadores de processo, comparando as informações do cartão da gestante com os do Susprenatal. MÉTODOS: Estudo transversal com dados do pré-natal de 1.489 puérperas internadas para parto pelo Sistema Único de Saúde entre novembro de 2008 e outubro de 2009 no município de São Carlos, SP. Os dados foram coletados no cartão da gestante e depois no Sistema de Acompanhamento do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (Sisprenatal). As informações das duas fontes foram comparadas utilizando o teste de Χ² de McNemar para amostras relacionadas. RESULTADOS: A cobertura de pré-natal em relação ao número de nascidos vivos foi de 97,1% de acordo com o cartão de pré-natal e de 92,8% segundo o Sisprenatal. Houve diferença significativa entre as fontes de informação para todos os requisitos mínimos do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento, e também na comparação dos indicadores de processo. Com exceção da primeira consulta de pré-natal, o cartão de pré-natal sempre apresentou registro de informações superior ao do Sisprenatal. A proporção de mulheres com seis ou mais consultas de pré-natal e com todos os exames básicos foi de 72,5% pelo cartão de pré-natal e de 39,4% pelo sistema oficial. Essas diferenças mantiveram-se para as cinco áreas regionais de saúde do município. CONCLUSÕES: O Sisprenatal não foi uma fonte segura para avaliação da informação disponível sobre acompanhamento na gestação. Houve grande adesão ao Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento, mas a documentação da informação foi insuficiente quanto a todos os requisitos mínimos e indicadores de processo. Após dez anos da criação do programa, cabe agora aos municípios adequar a qualidade da assistência e capacitar seus profissionais para a correta documentação de informação em saúde.<br>OBJETIVO: Evaluar la cobertura del Programa de Humanización del Prenatal y Nacimiento según el cumplimiento de sus requisitos mínimos e indicadores de proceso, comparando las informaciones de la tarjeta de la gestante con los del Sisprenatal. MÉTODOS: Estudio transversal con datos del prenatal de 1.489 puérperas internadas para parto por el Sistema Único de Salud entre noviembre de 2088 y octubre de 2009 en el municipio de Sao Carlos, Sureste de Brasil. Los datos fueron colectados en la tarjeta de la gestante y después en el Sistema de Acompañamiento del Programa de Humanización en el Prenatal y Nacimiento (Sisprenatal). Las informaciones de las dos fuentes fueron comparadas utilizando la prueba de c2 de McNemar para muestras relacionadas. RESULTADOS: La cobertura de prenatal con relación al número de nacidos vivos fue de 97,1% de acuerdo con la tarjeta de prenatal y de 92,8% según el Sisprenatal. Hubo diferencia significativa entre las fuentes de información para todos los requisitos mínimos del Programa de Humanización del Prenatal y Nacimiento, y también en la comparación de los indicadores de proceso. Con excepción de la primera consulta de prenatal, la tarjeta de prenatal siempre presentó registro de informaciones superior al del Sisprenatal. La proporción de mujeres con seis o más consultas de prenatal y con todos los exámenes básicos fue de 72,5% por la tarjeta de prenatal y de 39,4% por el sistema oficial. Estas diferencias se mantuvieron para las cinco áreas regionales de salud del municipio. CONCLUSIONES: El Sisprenatal no fue una fuente segura para evaluación de la información disponible sobre acompañamiento en la gestación. Hubo gran adhesión al Programa de Humanización del Prenatal y Nacimiento, pero la documentación de la información fue insuficiente con respecto a todos los requisitos mínimos e indicadores de proceso. Posterior a diez años de la creación del programa, le corresponde ahora a los municipios adecuar la calidad de la asistencia y capacitar sus profesionales para la correcta documentación de información en salud.<br>OBJECTIVE: To evaluate coverage by the Prenatal and Birth Humanization Program, according to its minimal requirements and process indicators, by comparing information from prenatal booklets to SISPRENATAL (System to Accompany the Prenatal and Birth Humanization Program). METHODS: A cross-sectional study was carried out with prenatal data from 1,489 women in the postpartum period after birth in the Brazilian Unified Health System, between November 2008 to October 2009 in São Carlos municipality, Southeastern Brazil. Data were collected from the prenatal booklet and afterwards from the SISPRENATAL. Information from both sources was compared using the McNemar Χ2 test for related samples. RESULTS: Prenatal coverage in relation to the number of live births was 97.1% according to the prenatal booklet and 92.8% according to SISPRENATAL. There were statistical significant differences between both sources of information for all the minimum requirements of the Prenatal and Birth Humanization Program, and also the process indicators. Except for the first prenatal visit, the prenatal booklet always had greater frequencies than SISPRENATAL. The proportion of women with six or more prenatal visits and all basic exams was 72.5%, according to the prenatal booklet and 39.4% by the official system. These differences remained for the five health regions in the municipality. CONCLUSIONS: SISPRENATAL was not a reliable source for evaluating the available information on care during pregnancy. There was high adherence to the Prenatal and Birth Humanization Program, but documentation of information was insufficient for all the minimum requirements and process indicators. Ten years after the start of the program, municipalities should provide adequate quality of care and build health professional capacity for proper documentation of health information. |
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ISSN: | 0034-8910 1518-8787 |