Summary: | Resumo O presente artigo se constrói a partir de reflexões baseadas numa psicanálise brasileira com interface na psicologia social, com o objetivo de dialogar com a Saúde Mental de Moçambique, um país que se subjetiva numa lógica não-ocidentalizada, cujo sistema de cuidado existente há séculos provém do curandeirismo, (re)conhecido no país como Medicina Tradicional. Sendo as políticas públicas de saúde mental regidas a partir de uma visão ocidental, este estudo questionou as reformulações teóricas necessárias para a inserção de novos dispositivos clínicos no país que incluíssem o saber tradicional. Como se trata de uma travessia, optou-se pelo método de escrita de cartas para melhor contemplar o encontro entre estas duas realidades tão diferentes e ao mesmo tempo tão semelhantes.
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