Sob o olhar da cruz vermelha: O Brasil e a proteção internacional dos direitos humanos (1930-1945)
RESUMO: Este artigo procura explicar a posição que o governo brasileiro assumiu a respeito do tema das migrações e dos direitos fundamentais dos estrangeiros nos anos entre 1930 e 1945. Analisamos essa questão considerando não só as políticas interna e exterior, mas, também, verificando a influência...
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Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho
2018-06-01
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doaj-70bb8c65a13e4f90b0c7fe6a7940723c2020-11-24T21:08:00ZengUniversidade Estadual Paulista Julio de Mesquita FilhoHistória1980-43692018-06-0137010.1590/1980-4369e2018001S0101-90742018000100601Sob o olhar da cruz vermelha: O Brasil e a proteção internacional dos direitos humanos (1930-1945)Mariana Cardoso dos Santos RibeiroRESUMO: Este artigo procura explicar a posição que o governo brasileiro assumiu a respeito do tema das migrações e dos direitos fundamentais dos estrangeiros nos anos entre 1930 e 1945. Analisamos essa questão considerando não só as políticas interna e exterior, mas, também, verificando a influência de Organizações Não Governamentais de Alcance Transnacional (Ongat), como a Cruz Vermelha Internacional (CVI), enquanto elemento externo de pressão sobre o governo brasileiro. O projeto político varguista determinava a seleção de estrangeiros conforme critérios eugênicos, mas, ao mesmo tempo, buscava construir a imagem do Brasil como país sensível à causa humanitária. Neste sentido, a participação brasileira junto aos foros da CVI representava tanto a projeção no cenário mundial - com a demonstração de suas ações beneméritas, quanto o empecilho para a realização de sua proposta política autoritária e excludente, uma vez que o governo Vargas deveria cumprir as obrigações assumidas no plano internacional.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742018000100601&lng=en&tlng=enCruz VermelhaDireitos HumanosMigraçõesOngatPolítica InternacionalVargas |
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RESUMO: Este artigo procura explicar a posição que o governo brasileiro assumiu a respeito do tema das migrações e dos direitos fundamentais dos estrangeiros nos anos entre 1930 e 1945. Analisamos essa questão considerando não só as políticas interna e exterior, mas, também, verificando a influência de Organizações Não Governamentais de Alcance Transnacional (Ongat), como a Cruz Vermelha Internacional (CVI), enquanto elemento externo de pressão sobre o governo brasileiro. O projeto político varguista determinava a seleção de estrangeiros conforme critérios eugênicos, mas, ao mesmo tempo, buscava construir a imagem do Brasil como país sensível à causa humanitária. Neste sentido, a participação brasileira junto aos foros da CVI representava tanto a projeção no cenário mundial - com a demonstração de suas ações beneméritas, quanto o empecilho para a realização de sua proposta política autoritária e excludente, uma vez que o governo Vargas deveria cumprir as obrigações assumidas no plano internacional. |
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