O papel das emulsões nucleares na institucionalização da pesquisa em física experimental no Brasil

Neste artigo, descrevemos e analisamos a introdução e o uso da técnica das emulsões nucleares no Brasil. Apesar de pesquisas consistentes na área de raios cósmicos terem sido feitas na década de 1940 neste país, os físicos aqui começaram a empregar a técnica depois dos trabalhos de César Lattes em B...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Cássio Leite Vieira, Antonio A.P. Videira
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Física
Series:Revista Brasileira de Ensino de Física
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-11172011000200018&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Neste artigo, descrevemos e analisamos a introdução e o uso da técnica das emulsões nucleares no Brasil. Apesar de pesquisas consistentes na área de raios cósmicos terem sido feitas na década de 1940 neste país, os físicos aqui começaram a empregar a técnica depois dos trabalhos de César Lattes em Bristol (Inglaterra) e Berkeley (EUA). Mesmo que a introdução da técnica tenha sido posterior à origem dela - datada do final da década de 1900 -, cientistas brasileiros se familiarizaram rapidamente com o método e o adotaram não só em raios cósmicos, mas também em física de partículas elementares e física nuclear, usando-o até recentemente. Neste artigo, estaremos preocupados com as causas dessa longevidade. Em outras palavras, por que a técnica de emulsões nucleares foi usada por tantos anos no Brasil, mesmo depois de seu abandono em centros de física no mundo? Adiantamos que a resposta para tal pergunta envolve questões históricas relacionadas à formação e à institucionalização da ciência - mais especificamente, da física - no Brasil, bem como razões econômicas, sociais e geográficas.
ISSN:1806-1117
1806-9126