Summary: | Este artigo busca propor uma articulação entre a ideia de defesa para as cidades portuguesas (no reino e nas conquistas) dos séculos XVII e XVIII em relação a uma percepção de poder calcada na noção de regularidade para a urbanização e na administração política. A ordem e o equilíbrio foram tanto argumentos de defesa como estiveram postos na linguagem dos discursos políticos. O estudo da prática de escrita de tratados de arquitetura militar mostra que havia, em termos de uma origem e permanência, o alinhamento entre Estado e defesa, cujo desdobramento foi uma sociedade caracterizada por uma cultura política de defesa. A análise de fontes textuais para o entendimento de conceitos e ideias específicas, sem que a documentação esteja isolada dos seus contextos históricos e das suas práticas culturais, dá a dimensão da historicidade dos conceitos e das ideias em destaque.
|