'Reporter fired for plagiarism': a forensic linguistic analysis of news plagiarisam
O plágio tem sido tradicionalmente classificado como um ato imoral e violador das normas éticas, mais do que uma ação ilegal (Garner 2009; Goldstein 2003), e o plágio jornalístico não é exceção. Como referem Coulthard & Johnson (2007), a reutilização de texto por jornalistas, sem atribuição ou c...
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Format: | Article |
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Published: |
University of Oslo
2015-03-01
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Series: | Oslo Studies in Language |
Online Access: | https://journals.uio.no/osla/article/view/1450 |
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doaj-6f0d280288e640f79227bb864f61c66d2020-11-25T02:37:30ZengUniversity of OsloOslo Studies in Language1890-96392015-03-017110.5617/osla.1450'Reporter fired for plagiarism': a forensic linguistic analysis of news plagiarisamRui Sousa-SilvaO plágio tem sido tradicionalmente classificado como um ato imoral e violador das normas éticas, mais do que uma ação ilegal (Garner 2009; Goldstein 2003), e o plágio jornalístico não é exceção. Como referem Coulthard & Johnson (2007), a reutilização de texto por jornalistas, sem atribuição ou com atribuição de autoria inadequada, não é normalmente considerada plágio. A isto acresce o facto de as convenções relativas à reutilização de notícias das agências não serem universais. Porém, as graves consequências inerentes à má prática jornalística (como o caso de Jayson Blair, do The New York Times) mostram que as implicações não se limitam à esfera da ética, mas, pelo contrário, possuem impacto legal, incluindo processos de demissão. Um dos problemas, no entanto, consiste em provar determinada reutilização textual como plágio. Este estudo apresenta os resultados de uma análise linguística forense que pode ser utilizada para provar casos de suspeita de plágio ou para iniciar a investigação de textos insuspeitos. Com o objetivo de identificar os mecanismos utilizados -— e como -— pelos jornalistas para comporem os "seus próprios" textos a partir das notícias das agências, este trabalho compara notícias publicadas na secção "Mundo" de jornais de referência portugueses com possíveis fontes publicadas em inglês. Os resultados da análise mostram que: (a) a atribuição de autoria é, frequentemente, inadequada, mesmo quando os jornais de referência citam as suas fontes (normalmente, conhecidas agências internacionais); (b) nem sempre existe uma correspondência direta com uma única fonte entre a versão plagiadora e a versão plagiada (indicando reutilização de texto de diferentes media e websites internacionais); e (c) as notícias são plagiadas a partir de textos publicados noutras línguas, constituindo plágio translingue. Conclui-se que a análise linguística forense possui potencial de prova e de investigação em casos de plágio e violação de direito de autor, não só monolingue, mas também translingue.https://journals.uio.no/osla/article/view/1450 |
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O plágio tem sido tradicionalmente classificado como um ato imoral e violador das normas éticas, mais do que uma ação ilegal (Garner 2009; Goldstein 2003), e o plágio jornalístico não é exceção. Como referem Coulthard & Johnson (2007), a reutilização de texto por jornalistas, sem atribuição ou com atribuição de autoria inadequada, não é normalmente considerada plágio. A isto acresce o facto de as convenções relativas à reutilização de notícias das agências não serem universais. Porém, as graves consequências inerentes à má prática jornalística (como o caso de Jayson Blair, do The New York Times) mostram que as implicações não se limitam à esfera da ética, mas, pelo contrário, possuem impacto legal, incluindo processos de demissão. Um dos problemas, no entanto, consiste em provar determinada reutilização textual como plágio.
Este estudo apresenta os resultados de uma análise linguística forense que pode ser utilizada para provar casos de suspeita de plágio ou para iniciar a investigação de textos insuspeitos. Com o objetivo de identificar os mecanismos utilizados -— e como -— pelos jornalistas para comporem os "seus próprios" textos a partir das notícias das agências, este trabalho compara notícias publicadas na secção "Mundo" de jornais de referência portugueses com possíveis fontes publicadas em inglês. Os resultados da análise mostram que: (a) a atribuição de autoria é, frequentemente, inadequada, mesmo quando os jornais de referência citam as suas fontes (normalmente, conhecidas agências internacionais); (b) nem sempre existe uma correspondência direta com uma única fonte entre a versão plagiadora e a versão plagiada (indicando reutilização de texto de diferentes media e websites internacionais); e (c) as notícias são plagiadas a partir de textos publicados noutras línguas, constituindo plágio translingue. Conclui-se que a análise linguística forense possui potencial de prova e de investigação em casos de plágio e violação de direito de autor, não só monolingue, mas também translingue. |
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