Summary: | O artigo empreende a revisão crítica do método semiótico-estrutural concebido para a análise dos sistemas da cultura do ponto de vista da complexidade de sua constituição. Parte da noção de texto como modelo e do processo de modelização como método de análise da estruturalidade. A hipótese central do estudo distingue entre método estrutural e modelo, considerando a descrição e a síntese cognitiva como processos fundamentais do estudo semiótico da cultura. Segundo o argumento de Uspiênski e Lótman, a ciência do século XX, ao se voltar para a descoberta do novo, deparou-se com o imperativo da linguagem, da expansão de seus sistemas de signos e dos processos de construção de sentido. Compete, então, à investigação científica, se engajar num movimento de ampliação da “consciência sobre a consciência” para considerar as transformações que constituem o espaço semiótico dos textos da cultura. Com isso, situa o lugar da semiótica na ciência humana.
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