Summary: | Este artigo estuda a política fiscal no Brasil levando em consideração a influência da política monetária. A taxa de inflação do IPCA e os gastos com juros como razão do PIB representam variáveis de estado na determinação da sequência de superávits primários pelo Tesouro. Dessa forma, o modelo empírico de reação da política fiscal foi estimado com o auxílio de regressões de limiar. Em face dos resultados encontrados, não surpreende a tolerância do governo com superávits menores. Vale notar que cortes na taxa SELIC possuem efeitos mistos, pois menores despesas de juros possibilitam reduzir os superávits, porém mais inflação torna a política fiscal persistente. O inverso acontece na situação em que o Banco Central reduz a liquidez da economia.
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