Summary: | A triagem tuberculínica tem por objetivo realizar o rastreio da infecção tuberculosa. Uma retestagem em uma a três semanas tem sido recomendada quando a prova tuberculínica for < 10 mm na 1ª dose para averiguar a ocorrência do efeito booster. Quando a prova tuberculínica for < 10 mm na 1ª dose e, uma a três semanas depois, na 2ª dose, ocorrer uma enduração > 10 mm com aumento de pelo menos 6 mm em relação à primeira dose, tem-se, então, o efeito booster. Este estudo teve como sujeitos os profissionais de saúde de um hospital universitário e foi realizado na cidade de Campo Grande-MS com o objetivo de estimar a taxa de efeito booster. Dentre os 194 participantes, 65 (33,5%) foram reatores fortes ao PPD na primeira testagem e 129 foram reatores fracos ou não-reatores. Estes foram submetidos a uma segunda testagem, na qual, em 10 (7,8%) observou-se o efeito booster. A prevalência da infecção tuberculosa, avaliada em dois tempos, foi de 38,7%. Conclui-se que identificar o efeito booster na triagem tuberculínica é importante sob pena de obter-se taxas subestimadas de infecção tuberculosa. Útil também no acompanhamento da infecção recente e na avaliação segura da viragem tuberculínica, reduzindo a probabilidade de falsos negativos, que de outra forma seriam erroneamente interpretados como profissionais recém-infectados.
|