Diphthongized (en) and the indexation of femininity and Paulistanity
A partir de trabalhos sobre produção e avaliação social da pronúncia de /e/ nasal em São Paulo (en), este artigo analisa percepções de feminidade, masculinidade e paulistanidade associadas às variantes dessa variável. Oushiro (2015) mostra que, em palavras como tempo, a pronúncia ditongada, relativ...
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Language: | Portuguese |
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Universidade Estadual de Campinas
2016-12-01
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Series: | Cadernos de Estudos Lingüísticos |
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doaj-6ce5d41be88a41bab459ab7ac291eddb2021-06-21T13:13:20ZporUniversidade Estadual de CampinasCadernos de Estudos Lingüísticos2447-06862016-12-0158310.20396/cel.v58i3.864730014483Diphthongized (en) and the indexation of femininity and PaulistanityRonald Beline Mendes0Universidade de São Paulo A partir de trabalhos sobre produção e avaliação social da pronúncia de /e/ nasal em São Paulo (en), este artigo analisa percepções de feminidade, masculinidade e paulistanidade associadas às variantes dessa variável. Oushiro (2015) mostra que, em palavras como tempo, a pronúncia ditongada, relativamente ao monotongo, é favorecida na fala das mulheres, das classes mais altas, com maior grau de escolaridade e quando o estilo (no sentido de Labov 1966) é mais cuidadoso. A área de residência na cidade (central ou periférica) não se correlaciona à variável. Por outro lado, diferentemente do que se verifica para outras variáveis linguísticas, os paulistanos (aqueles que nasceram e cresceram na cidade) não produzem metacomentários com frequência sobre (en). Esses fatos indicam que a pronúncia ditongada de (en) detém prestígio na cidade, a despeito de seu estatuto “abaixo do nível de consciência” (Labov 2001). Utilizando-se a técnica matched-guise (Lambert et al. 1960, Campbell-Kibler 2006, Levon 2014), 8 estímulos auditivos contendo uma única ocorrência de (en) e produzidos por 4 falantes (2 homens e duas mulheres), foram apresentados a 44 ouvintes, que julgaram esses enunciados através de várias escalas. No geral, os resultados mostram que a pronúncia ditongada leva a percepções de feminidade, paulistanidade e pertencimento a áreas mais centrais da cidade. Entretanto, esse padrão perceptual não é o mesmo para os 4 falantes cujos enunciados integraram o experimento. Assim, este artigo discute como fatos de percepção se somam aos de produção e avaliação no estudo do significado social das variantes linguísticas. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8647300Pronúncia ditongada de (en). Feminidade. Paulistanidade. |
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A partir de trabalhos sobre produção e avaliação social da pronúncia de /e/ nasal em São Paulo (en), este artigo analisa percepções de feminidade, masculinidade e paulistanidade associadas às variantes dessa variável. Oushiro (2015) mostra que, em palavras como tempo, a pronúncia ditongada, relativamente ao monotongo, é favorecida na fala das mulheres, das classes mais altas, com maior grau de escolaridade e quando o estilo (no sentido de Labov 1966) é mais cuidadoso. A área de residência na cidade (central ou periférica) não se correlaciona à variável. Por outro lado, diferentemente do que se verifica para outras variáveis linguísticas, os paulistanos (aqueles que nasceram e cresceram na cidade) não produzem metacomentários com frequência sobre (en). Esses fatos indicam que a pronúncia ditongada de (en) detém prestígio na cidade, a despeito de seu estatuto “abaixo do nível de consciência” (Labov 2001). Utilizando-se a técnica matched-guise (Lambert et al. 1960, Campbell-Kibler 2006, Levon 2014), 8 estímulos auditivos contendo uma única ocorrência de (en) e produzidos por 4 falantes (2 homens e duas mulheres), foram apresentados a 44 ouvintes, que julgaram esses enunciados através de várias escalas. No geral, os resultados mostram que a pronúncia ditongada leva a percepções de feminidade, paulistanidade e pertencimento a áreas mais centrais da cidade. Entretanto, esse padrão perceptual não é o mesmo para os 4 falantes cujos enunciados integraram o experimento. Assim, este artigo discute como fatos de percepção se somam aos de produção e avaliação no estudo do significado social das variantes linguísticas.
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